notícias

Acontece reunião do PAD em Brasília

29/04/2011

Dias 11, 12 e 13 de abril reuniram-se, em Brasília, cerca de 40 ONGs para debater e articular ações conjuntas para a incidência política do grupo no cenário nacional.

A iniciativa foi do PAD (Processo de Articulação e Diálogo) e teve como objetivo a construção de estratégias de ação para fazer frente ao impacto do atual modelo de desenvolvimento sobre populações vulneráveis e o meio ambiente, especialmente no que refere à violação de direitos.

Num primeiro momento do encontro foram discutidas questões relativas à sustentabilidade política e financeira das ONGs que trabalham no campo de luta por Direitos Humanos Econômicos Sociais Culturais e Ambientais (DHESCAs), democracia e um modelo de desenvolvimento com sustentabilidade.

Segundo Elisabeth Grimberg, coordenadora executiva do Instituto Pólis, “o ponto central deste debate foi a reafirmação de que é fundamental para as ONGs continuarem sua luta pela criação de uma marco jurídico que fundamentalmente garanta o acesso a recursos financeiros por meio de um fundo público, que garanta a atuação das organizações de forma autônoma”.

Para Elisabeth outro ponto central é o fortalecimento de um discurso comum das ONGs sobre qual projeto de desenvolvimento que se quer, “que não seja consumista, ambientalmente predatório, que distribua riqueza e renda e que garanta assim o bem viver para toda a população”.

Na tarde do dia 12, as ONGs debateram suas propostas com representantes do governo federal: Anhamona da Silva Brito, Secretária de Política de Ações Afirmativas, André lazaro, Secretário Executivo de direitos Humanos (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, órgão da Presidência da República) e Diretor na Secretaria Nacional de Articulação Social (órgão da Presidência da República), Pedro Pontual.

A participação no PPA foi um dos pontos relevantes nesse diálogo: o governo anunciou que haverá um grande fórum dos conselhos nacionais mais significativos que debaterá propostas com cerca 3oo representantes. Segundo Elisabeth, “ esse momento com o governo foi muito importante pois se reafirmou a disposição das ONGs de lutar pela implementação de uma agenda de direitos no marco de um desenvolvimento socialmente justo, democrático e ambientalmente sustentável”