Na última semana, foi criado o site do comitê brasileiro para o Ano Internacional da Agricultura Familiar, Camponesa e Indígena (AIAF). O espaço colaborativo busca promover e dar visibilidade ao assunto e, também, às ações do comitê, que é formado por 49 entidades, sendo 31 da sociedade civil e 18 do governo federal.

O site dispõe de áreas bastante informativas como a multimídia, com galerias de fotos e vídeos, e a biblioteca, que possui publicações e documentos oficiais. Há ainda mais informações sobre o Ano Internacional, o Comitê Brasileiro e a Agricultura Familiar. Através da aba “Participe”, é possível divulgar eventos, fotos e vídeos relacionados ao AIAF.

Isso é fruto da iniciativa de movimentos sociais do campo com apoio de vários governos, inclusive do Brasil, que iniciaram uma campanha em 2008 para que as Nações Unidas adotassem a proposta de um ano voltado à agricultura familiar.

O objetivo da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), ao definir 2014 como o Ano Internacional da Agricultura Familiar, é reforçar o papel da agricultura familiar na erradicação da fome e na produção sustentável. Tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento, essa forma de produção é dominante na agricultura. Especialistas estimam que haja mais de 500 milhões de famílias no mundo, incluindo agricultores de pequena e média escalas, camponeses, povos indígenas, pescadores e criadores, com 3 bilhões de pessoas ativas e não ativas. Pelo menos 70% da população com insegurança alimentar vivem em zonas rurais da África, da Ásia, da América Latina e do Oriente Próximo.