Para Christiane Costa, com o veto integral ao projeto de lei que proibiria o uso de agrotóxicos, fica claro que o critério da saúde pública não foi o que determinou tal decisão

Todo mês acontece o COMUSAN Convida, um projeto do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de São Paulo. O objetivo é discutir junto com a população assuntos relacionados à Segurança Alimentar e Nutricional, como hortas urbanas, tecnologia e produção de alimentos, agricultura e práticas educativas.

Diante do veto integral, por parte do executivo municipal, do Projeto de Lei 01-00891, de 2013, dos vereadores  Toninho Vespoli (PSOL), Nabil Bonduki (PT), Natalini (PV) e Ricardo Young (PPS), que proibiria o uso e a comercialização de agrotóxicos em São Paulo, o COMUSAN Convida de janeiro será uma discussão sobre os “Agrotóxicos na cidade de São Paulo”, e acontece no Mercado Municipal de São Paulo, no próximo dia 19, quinta-feira, às 14h.

Serão apresentadas informações e dados sobre a problemática do uso de agrotóxicos na cidade, bem como, as possibilidades de regulamentação e proibição da utilização de produtos químicos que são prejudiciais à saúde da população.

Para Christiane Costa, coordenadora da área de Segurança Alimentar e Nutricional do Instituto Pólis e presidenta do Comusan, o veto integral do projeto deixou claro que a maior preocupação foi econômica, de não diminuir a arrecadação de impostos das empresas produtoras de agrotóxicos de São Paulo.

Após a publicação do veto integral ao projeto de lei, organizações da sociedade civil lançaram uma nota de repúdio ao posicionamento do ex-prefeito Fernando Haddad. Segundo a nota, o que mais chamou a atenção é que não foram apresentados argumentos jurídicos válidos para o veto.

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