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Juventudes nas Cidades: Coletivo Alcova
08/12/2020Encontrar acolhimento em outras mulheres pretas foi o principal motivo que uniu as integrantes do Coletivo Alcova, formado por Patrícia Meira (produtora, roteirista e poeta), Deusa Poetisa (atriz, performer e poeta) e Dani Rosa (atriz, educadora, performer e cantora) em 2017.
As três mulheres pretas, gordas, juntaram suas dores, alegrias, fraquezas e forças e passaram a lutar por aquilo que acreditam. O coletivo tem como pauta principal a questão racial, por entenderem que a estrutura política, econômica e jurídica do Brasil são extremamente racistas, por isso sempre denunciam o racismo em suas apresentações em locais de resistência nas periferias de São Paulo,
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O grande desafio que o coletiva enfrenta é a dificuldade de não conseguir minimamente se remunerar com a arte que produz. “Não dá pra andar pela cidade de São Paulo ou realizar qualquer ação sem um mínimo de apoio, seja ele financeiro ou não”, dizem as integrantes. O coletivo tem como política interna nunca convidar um artista sem oferecer uma ajuda de custo de transporte e alimentação. Para as integrantes, a valorização de outros artistas não é apenas reconhecer que seu trabalho é “importante para sua quebrada”, mas também consumir, remunerar, divulgar e “compreender a diferença entre preço e valor”.
O Coletivo Alcova atende mães, e artistas de um modo geral, por toda grande São Paulo e fora dela. O que o grupo mais deseja é conseguir se estabelecer em um espaço onde consiga fazer todas as articulações necessárias para atender não só a comunidade onde residem, mais também quem precisa. “Nós persistimos em persistir”. concluem.
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Confira o que o Coletivo Alcova vem mobilizando atualmente!
O Coletivo Alcova está produzindo uma websérie que retrata as relações lésbicas entre mulheres pretas e gordas. Toda equipe contratada para realização desse projeto é preta e LGBTQIA+.
O Alcova também desenvolveu um programa de assistência a mulheres em situações de risco. Durante a pandemia da covid-19, o coletivo tem dado assistência a artista independentes, mães, e a algumas famílias tanto com cestas básicas, telefones celulares e recargas, além de articular trocas e doações de medicamentos para uso de tratamento psicológico.
A cidade que o coletivo Alcova deseja, é de uma população saudável psicologicamente, principalmente a população preta, e que os espaços onde pessoas pretas, mulheres gordas e LGBTQIA’s transitam não seja espaços de medo e desconfiança. O grupo também sonha com espaços que sejam voltados para apresentações de artistas periféricos.
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Sobre o projeto Juventudes nas Cidades
Juventudes nas Cidades é um ação conjunta envolvendo sete organizações da sociedade civil com o intuito de contribuir para o enfrentamento das desigualdades no espaço urbano, promover os direitos das juventudes e fortalecer a capacidade de jovens e coletivos de periferias urbanas e favelas de exercer seu “Direito à Cidade” e identificar alternativas de inclusão econômica. Saiba mais na página do projeto