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Pela primeira vez Direito à Cidade é incluído na Agenda Urbana Mundial
28/10/2016Segundo especialista, Nova Agenda Urbana trará impacto para as políticas de habitação, mobilidade e saneamento ambiental
O início da formação das cidades urbanas começa após a Revolução Industrial, no século XVIII, ao mesmo tempo em que o campo passa a depender mais da cidade do que a cidade do campo. Desde então, a história passou por processos mais ou menos intensos de urbanização. Segundo as Nações Unidas, 54% da população mundial vive hoje em cidades. Na metade do século, o percentual subirá para 66%. Ainda, o relatório da ONU-Habitat, Programa da ONU para os Assentamentos Humanos,, aponta que, em 2030, 80% do PIB global será produzido pelas cidades.
A consequência desse aumento é a produção estrondosa de resíduos sólidos urbanos (RSU), provocando impactos no meio ambiente e na qualidade de vida de todos e todas. A ONU e o Banco Mundial apontam que serão gerados anualmente 4 bilhões de RSU quando a população mundial atingir a marca de 9 bilhões de habitantes. As cidades demandam até 80% de energia e emitem 75% das emissões de carbono.
É nesse cenário onde aconteceu a Habitat III, terceira Conferência das Nações Unidas sobre Moradia e Desenvolvimento Urbano Sustentável, realizada de 17 a 20 de outubro em Quito, no Equador. O Instituto Pólis, através da Plataforma Global Pelo Direito à Cidade, participou da conferência, onde foi lançada a Nova Agenda Urbana.
De acordo com a matéria do GIFE (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas) sobre a Habitat III, o Direito à Cidade foi apresentado pela primeira vez em uma Agenda Urbana Mundial. A edição anterior da Agenda foi lançada em 1966, em Vancouver, no Canadá. O acontecimento é um avanço para toda a sociedade, pois o Direito à Cidade inclui outros direitos coletivos, como o direito à mobilidade, à moradia, ao espaço público e ao lazer.
Para Danielle Klintowitz, coordenadora de Projetos de Urbanismo do Instituto Pólis e membra do Núcleo de Direito à Moradia de apoio à Relatoria do Direito à moradia digna da ONU, “o cotidiano das pessoas será impactado pelas políticas de habitação, de mobilidade, de saneamento ambiental” ambientadas pela Nova Agenda Urbana.
Leia a íntegra da matéria Direito à Cidade na Nova Agenda Urbana Mundial
Para saber mais sobre a Habitat III:
A consolidação da Nova Agenda Urbana
Instituto Pólis pede que Nova Agenda Urbana se concretize