Quando, no final dos anos 80, o MST-Movimento Sem-Terra se destacou como referência social e na mídia, através das ocupações de terras no campo, organizando trabalhadores rurais sem terra para lutar pela reforma agrária, os setores mais atentos à mobilização da sociedade brasileira: partidos de esquerda e centro esquerda, sindicatos combativos, instituições religiosas libertárias, ONGs e demais entidades da sociedade civil engajadas na defesa da cidadania, já identificavam naquele movimento, desde sua origem, o embrião de contestação e pressão social que mais tarde viria a ser reconhecido, não apenas dentro, mas também fora do Brasil.