enfrentamento dos eventos climáticos extremos: metodologias de mapeamento e gestão comunitária de riscos

enfrentamento dos eventos climáticos extremos: metodologias de mapeamento e gestão comunitária de riscos

Este curso representa a etapa final do projeto “Plano Comunitário de Defesa Civil e Adaptação à Crise Climática da comunidade caiçara de Ponta Negra”, desenvolvido para capacitar a comunidade local na identificação, monitoramento e atuação diante dos riscos climáticos. Ele tem, portanto, o objetivo de debater a importância da participação popular no processo de enfrentamento a riscos climáticos. 

Durante os encontros, exploraremos a relevância da participação ativa da comunidade na criação de metodologias de enfrentamento aos riscos climáticos. Embora as mudanças climáticas sejam uma realidade para a maioria da população, os impactos dessas mudanças não são os mesmos para todas as pessoas. Comunidades tradicionais, como os povos caiçaras, indígenas e quilombolas, enfrentam de maneira mais intensa os efeitos de eventos climáticos extremos. Portanto, é fundamental desenvolver materiais e métodos em colaboração com a população, para que a convivência ativa com os perigos do território seja apropriada pelas pessoas que o habitam.

programação

educadores

Ana Sanches é mulher negra, com origens periféricas, vinda do litoral de São Paulo. Intelectual-Ativista, atuante em movimento negro e socioambientalista brasileiro. É Pesquisadora sobre Ecologismos, Participação e Mudança Social, Justiça e Racismo Ambiental. Atualmente é Assessora de Projetos no Instituto Pólis e Doutoranda em Mudança Social e Participação Política na Escola de Artes Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo- EACH/USP. É Mestra em Ciências pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo – FSP /USP (2017). Turismóloga pelo Centro Universitário Módulo (2008).

Anderson Sato é bacharel em Ecologia pela UFRJ, com mestrado, doutorado e pós-doutorado em Geografia pela UFRJ. Professor Adjunto da Universidade Federal Fluminense no Dpto de Geografia e Políticas Públicas, Professor da Especialização em Gestão de Territórios e Saberes, líder do Grupo de Pesquisa em Desastres Sócio-Naturais e pesquisador associado ao Laboratório de Geo-Hidroecologia e ao CEMADEN Educação. Atua nas linhas de pesquisa-ensino-extensão-inovação em Prevenção de Desastres, Hidrologia, Geoecologia, Geomorfologia, Educação Ambiental e Ensino de Geografia.

Cauê Villela é caiçara nativo de Ponta Negra, condutor credenciado, professor e coordenador das turmas de condutores ambientais do projeto “Roteiro Integrado de Turismo de Base Comunitária da Península da Juatinga”, promovido pela Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. É presidente da Associação de Moradores, Nativos e Amigos da Praia Negra.

Celso Carvalho é Superintendente da Superintendência do Patrimônio da União em São Paulo (SPU/SP). É engenheiro civil, com mestrado e doutorado em Engenharia pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Gerenciamento de Riscos Geotécnicos, Regularização Fundiária e Gestão Pública.

Fernando Nogueira é geólogo pela Universidade de São Paulo (1981) e possui doutorado em Geociências e Meio Ambiente pelo Instituto de Geociências e Ciências Exatas- Universidade Estadual Paulista (2002). Coordena o Laboratório Gestão de Riscos – LabGRIS/UFABC, que desenvolve pesquisas sobre construção social do risco; metodologias de cartografia de risco; e gestão de riscos em níveis local e regional. Desde maio de 2023 atua como assessor técnico especializado junto ao DPR – Departamento de Prevenção e Mitigação de Risco da Secretaria Nacional de Periferias do Ministério das Cidades.

Flávio Paim é engenheiro civil desde 1980. Analista ambiental do IBAMA/ICMBio desde 2003, foi gestor da FLONA Purus-AM, obtendo especialização em manejo de florestas pela UFLA em 2006. Desde 2014 é membro da equipe da APA Cairuçu em Paraty-RJ do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

Helena Breyton é arquiteta e urbanista pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Compôs a equipe de campo do Diagnóstico Fundiário das Comunidades Caiçaras da APA Cairuçu – Paraty, RJ e a equipe do Plano Comunitário de Defesa Civil da comunidade caiçara de Ponta Negra. Possui experiência em formação popular, direito à moradia, comunidades caiçaras e planejamento territorial.

Isabella Alho é bacharel em Ciência e Tecnologia (Universidade Federal do ABC), estudante de Engenharia Ambiental e Urbana (Universidade Federal do ABC), membro da equipe de Urbanismo do Instituto Pólis. Trabalha no campo do planejamento territorial e geociências.

Lara Cavalcante é arquiteta urbanista pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. É Assessora de Projetos no Instituto Pólis e atua em projetos dos eixos de Justiça Territorial, Justiça climática e Ambiental e Justiça Racial, de Gênero e LGBTQIAPN+. Possui experiência em Planejamento Urbano e Direito à Cidade, com foco em análises territoriais.

Margareth Uemura é Arquiteta Urbanista, Mestre em Estruturas Ambientais e Urbanas com especialização em Desenho e Gestão do Território Municipal com experiência em coordenação de planos, programas, projetos e gestão de contratos em instituições públicas e privadas. Foi diretora e atualmente é coordenadora do Instituto Polis, onde desenvolveu assessoria para planos, programas e projetos urbanos e ambientais em todas as regiões do país para instituições públicas e privadas.

Rafael Damasceno Pereira é bacharel em Gestão Ambiental pela Universidade de São Paulo, Brasil. Estudante de doutorado (bolsista do Irish Research Council) no Depto de Geografia da University College Cork, County Cork, Irlanda. Membro do Grupo de Pesquisa GEADAPTA – Projeto CoAdapta Litoral – Ciência Cidadã, Adaptação e Mudanças Climáticas, coordenado pelo Prof. Dr. Allan Yu Iwama. Foi membro do Núcleo Cidade e Clima do Instituto de Referência Negra PEREGUM e pesquisador do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN). Tem experiência em Ciência Cidadã, Redução de Riscos de Desastres e Indicadores Locais de Impactos de Mudanças Climáticas.

Samia Sulaiman é coordenadora-geral de Articulação do Departamento de Mitigação e Prevenção de Riscos da Secretaria Nacional de Periferias do Ministério das Cidades. Docente no Departamento de Práticas Educacionais e Currículo, Centro de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Pesquisadora do Laboratório de Gestão de Risco (LabGRis-UFABC) e do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Sobre Desastres (NUPED/UFRN).

Talita Anzei Gonsales é engenheira ambiental e urbana pela Universidade Federal do ABC (2013). Possui mestrado e doutorado em Planejamento e Gestão do Território pela UFABC. É pesquisadora no grupo de pesquisa registrado no CNPq Laboratório Justiça Territorial da UFABC (LabJuta). Possui experiência na área de Planejamento Urbano e Regional, com atuação junto a movimentos sociais ligados à temática da Reforma Urbana, práticas insurgentes de planejamento e áreas ameaçadas de remoção por processos de reestruturação urbana.

Vitor Nisida é arquiteto urbanista, com graduação e mestrado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Trabalha no campo do planejamento territorial, direito à cidade e de políticas urbanas e habitacionais. Integra a equipe de projetos do Instituto Pólis nos eixos de Justiça Territorial, Justiça climática e Ambiental e Justiça Racial, de Gênero e LGBTQIAPN+.

inscrições

O curso é voltado a profissionais da Arquitetura e Urbanismo e de outras áreas correlatas que desejam aprender formas e métodos de gestão comunitária de riscos. Mas as inscrições estão abertas a qualquer pessoa interessada, não havendo pré-requisitos, nem exigências mínimas para acompanhar as aulas. Os encontros ocorrerão ao longo de três semanas, sempre às terças e quintas-feiras das 19h às 21h.

contato

escola@polis.org.br