Instituto Pólis e Aliança Resíduo Zero Brasil presentes na COP20
Outras atividades serão realizadas ao longo do evento, como a Marcha dos Povos, nesta quarta-feira, 10, e a Cúpula dos Povos, na próxima quinta-feira, 11.
Outras atividades serão realizadas ao longo do evento, como a Marcha dos Povos, nesta quarta-feira, 10, e a Cúpula dos Povos, na próxima quinta-feira, 11.
O Instituto Pólis esteve presente na reunião plenária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), realizada na última quarta-feira, 26, em Brasília. Nesta reunião, o conselheiro e ex-presidente Renato S. Maluf defendeu “o acesso de todos os brasileiros a uma alimentação que seja adequada, saudável e não custosa”.
Em sua apresentação, o ex-presidente revelou dados referentes aos hábitos alimentares dos brasileiros, abordando a relação entre salários e preços de alimentos, a disponibilidade, as diferenças de núcleos urbanos, a alimentação dentro e fora do domicílio e os instrumentos de assistência alimentar.
Renato defendeu ações localizadas na interseção entre acesso e produção, “com a perspectiva de ampliar o acesso a alimentos adequados e saudáveis oriundos de modelos de produção diversificados, socialmente inclusivos e ambientalmente sustentáveis”.
O conselheiro também destacou ao enfoque intersetorial, “no sentido de conectar acesso e produção e combinar regulação de mercado com promoção de padrões de consumo e modelos de produção”.
“Os custos com alimentação representam hoje 19,8% das despesas mensais das famílias brasileiras”, revelou ele. “Este índice, porém, baixa para 12,7% no caso dos mais ricos, e sobe para 29,6% no caso dos mais pobres”, enfatizou.
Renato Maluf também revelou dados relativos aos locais de compra de alimentos e sua participação nas despesas médias mensais das famílias. No período de 2003 a 2009, a aquisição de alimentos em supermercados subiram de 44,8% para 53,9%. Já as compras em mercadinhos e quitandas diminuíram de 17,7% para 16,8%.
As compras alimentares em padarias decresceram de 7,6% para 6,9% entre 2003 e 2009. Já os índices de aquisições em açougues e feiras tiveram pequenas oscilações: de 6,3% para 6,7% e de 4% para 4,1%, respectivamente.
“As grandes redes de distribuição de alimentos vendem em varejo de grande escala e assim possuem poder de impor hábitos, determinar preços e reorganizar as cadeias até a produção agrícola”, lembrou ele. “Por isso, o poder público precisa reforçar os papéis de fiscalização, proteção do varejo de pequeno porte, regular a ocupação do espaço público e mediar a relação com a agricultura familiar”, defendeu.
Outra proposta é o governo federal apoiar os municípios na implantação de feiras de produtores, para a oferta de produtos típicos, orgânicos, de base agroecológica, inclusive em articulação com o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
A Aliança Resíduo Zero Brasil, uma articulação de entidades, movimentos e indivíduos mobilizados em torno de questões de geração de resíduos e padrão de produção e o impacto ao meio ambiente, manifesta-se contra a consumo desenfreado nesta sexta-feira, quando acontece a chamada Black Friday. A organização chama a atenção para conter-se em relação à produção de resíduos sólidos proveniente do consumismo estimulado por esta ação de marketing.
Saiba mais sobre a Aliança Resíduo Zero neste link.
A equipe do Litoral Sustentável, projeto do Instituto Pólis, está com edital aberto para escritórios de design que queiram trabalhar no desenvolvimento de nova identidade visual e atualização do website para o projeto Observatório do Litoral Sustentável.
O prazo para inscrições do edital é o dia 8 de dezembro. Serão aceitas inscrições até as 18h.
Mais informações podem ser obtidas no site do Litoral Sustentável ou pelo e-mail da equipe de comunicação.
A Aliança Resíduo Zero Brasil é uma articulação de entidades, movimentos e indivíduos mobilizados em torno de questões de geração de resíduos e padrão de produção e o impacto ao meio ambiente, ligado à Rede Internacional Zero Waste. Leia aqui o termo completo da ARZB.
A Aliança surge após quatro anos da entrada em vigor da PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos), Lei no 12.305/2010, documento que foi debatido durante 21 anos no Legislativo.
Embora a lei priorize, nesta ordem, a não geração de resíduos, a redução, reutilização e, só depois, a máxima reciclagem, ainda não vemos avanços e resultados. E o princípio de corresponsabilidade na gestão dos resíduos ainda não foi assumido pela sociedade, especialmente pelo setor empresarial e pelos governos.
Surgido nos anos 1970, o Resíduo Zero é um conceito inspirado nos ciclos naturais de vida, que são eficientes e sustentáveis, em que tudo é transformado em outros recursos, sem desperdício e sobras.
Cidades da Europa que adotaram o Resíduo Zero estão mostrando que a coleta seletiva pode alcançar taxas de reciclagem de 80% a 90%. E São Francisco, nos Estados Unidos, cuja meta é diminuir 90% do que era aterrado, já recupera 80% dos seus resíduos.
Adotar o conceito Resíduo Zero significa:
– Minimizar os impactos no solo, na água, no ar e nos ecossistemas, em geral, que podem ser nocivos ou ameaçar a saúde planetária – humana, animal e vegetal – e provocar irreversíveis alterações climáticas;
– Projetar e gerenciar produtos e processos para reduzir o volume e a toxicidade dos resíduos e materiais;
– Conservar e recuperar recursos naturais;
– Não queimar ou enterrar resíduos;
– Incentivar o consumo de produtos e serviços com esse conceito.
Assine aqui o termo de adesão da ARZB.
Cidades de todo o mundo participaram da Marcha Popular pelo Clima, no dia 21 de setembro, em Nova York, iniciativa organizada por mais de 2 mil grupos para pressionar os governos por medidas efetivas relativas ao clima durante a Cúpula sobre o Clima nas Nações Unidas. Rio de Janeiro, Paris, Sydney, Madri, Bogotá e Buenos Aires foram algumas das cidades onde ocorreram marchas e manifestações para reivindicar ações contra o aquecimento global do planeta, dado que dois dias depois haveria a reunião de 120 países na sede das Nações Unidas.
A maior concentração ocorreu na metrópole norte-americana, que contou com a participação de cerca de 350 mil pessoas. A manifestação em Nova Iorque teve a participação do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e de políticos como o ex-vice-presidente americano, Al Gore, e o prefeito da cidade, Bill de Blasio, que também caminharam com os manifestantes.
A Marcha Popular pelo Clima começou no cruzamento sudoeste do Central Park e terminou em uma avenida do oeste de Nova York, após quase quatro horas de percurso.
Participaram da Marcha, pelo Instituto Pólis, Elisabeth Grimberg, representando a recém-criada Aliança Resíduo Zero Brasil, Silvio Caccia Bava, diretor do Le Monde Diplomatique Brasil, e Nelson Saule Junior, coordenador de Direito à Cidade.
Elisabeth Grimberg também participou de um dos painéis da People’s Climate Justice Summit, evento organizado pelo CJA (Climate Justice Alliance), com uma apresentação no dia 23 de setembro, na New School, para o painel “Towards Living Economies 2: Just Transition Strategies” (“A caminho das Economias Vivas 2: Estratégias Justas de Transição”).
Grimberg falou sobre a Aliança Resíduo Zero Brasil, lançada no dia 19 de setembro de 2014. “Nesta rede estamos tratando de temas como clima, resíduos sólidos e justiça social e ambiental. Então, podemos afirmar aqui que: Ação Climática é Resíduo Zero com Justiça.”
Falou ainda sobre justiça social e a experiência da luta dos catadores no Brasil, sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos e sobre a implementação de alternativas sustentáveis para o tratamento dos resíduos.
“Estamos lutando desde os anos 1990 contra incineradores, e trazendo alternativas para o tratamento dos resíduos sólidos. Agora no Brasil, a discussão sobre compostagem e biodigestão está crescendo dia após dia, mesmo sabendo que nosso desafio é enorme em comparação com o que já acontece na Califórnia, por exemplo. O alcance é tal que a política nacional aponta para práticas sustentáveis de tratamento, com exceção de um artigo que permite a incineração. Baseamo-nos nisso para afirmar outras possibilidades”.
A Califórnia se tornou, nessa terça-feira (30), o primeiro estado norte-americano a proibir o uso de sacolas plásticas descartáveis, depois que o governador democrata Jerry Brown promulgou a lei. A medida vai entrar em vigor em 1° julho de 2015 em supermercados e farmáciase, no prazo de um ano, em lojas e estabelecimentos de venda de bebidas alcoólicas.
“Esta lei é um passo rumo à uma boa direção: reduzirá a enorme quantidade de plástico que contamina nossas praias e grande parte dos oceanos” disse Brown, citado em um comunicado. “Somos os primeiros a proibir estas bolsas, mas não seremos os últimos”, afirmou o político democrata.
A medida, aprovada no começo de setembro pelo Parlamento da California, permitirá às lojas cobrar 10 centavos pelo uso de sacolas de papel ou reutilizáveis.
Cerca de 120 cidade californianas, entre elas Los Angeles e San Francisco, já tinham aprovado iniciativas similares para reduzir os dejetos plásticos e proteger o meio ambiente.
O partido republicano se opôs ao projeto, ao alegar que vai afetar as pequenas e médias empresas, enquanto os fabricantes asseguraram que provocará a perda de postos de trabalho.
A lei contempla a liberação de até 2 milhões de dólares em empréstimos gerenciados pela empresa estatal CalRecycle para estabelecimentos que ofereçam bolsas reutilizáveis.
Fonte: Agência AFP
Link: http://bit.ly/1vdz7Xb
O Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (FBSSAN) busca sensibilizar e mobilizar setores da sociedade para uma visão de sistema de SAN criando interações entre as organizações da sociedade civil e influenciando propostas de políticas públicas.
O objetivo da carta é insitar os(as) candidatos(as) a todos oscargos eletivos em disputa neste ano a que se comprometam com a garantia do direitohumano à alimentação adequada e saudável para todos e todas, por meio do enfrentamento das causas estruturais da pobreza, da fome e de todas as formas dealimentação inadequada.
Confira o documento na íntegra aqui.
No dia 25 de agosto, a Fundação Banco do Brasil lançou o Edital de Credenciamento de entidades para prestação de serviços relativos à Reaplicação e Integração de Tecnologias Sociais para moradores de empreendimentos do Programa Nacional de Habitação Urbana (PNHU), no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida.
O Edital busca credenciar instituições que tenham experiência em tecnologia social, educação ambiental, mobilização, capacitação ou organização comunitária/social para prestação de serviços por meio de contratos com a FBB.
O Edital poderá ser acessado no site da FBB (www.fbb.org.br)
A documentação para habilitação será recebida na FBB até às 18 horas do dia 27/10/2014.
O seminário Resíduo Zero Brasil, realizado na última sexta (19) no Instituto Pólis, teve mais de 100 participantes. Na ocasião, foi lançada a Aliança Resíduo Zero Brasil, com a adesão dos participantes ao termo da Aliança. O professor emérito de Química Ambiental da Universidade St. Lawrence, Paul Connet, fez uma apresentação sobre os problemas causados pela incineração dos resíduos e apresentou dez passos para alcançar o resíduo zero.
Assista aqui o vídeo completo do evento. E veja abaixo a galeria de fotos.