O Direito à Cidade na eleição presidencial de 2018
O Instituto Pólis fez uma análise dos programas de governo procurando identificar como o do Direito à Cidade e as políticas correlacionadas a ele aparecem nas propostas registradas pelas 13 candidaturas que postulam ao Palácio do Planalto nas eleições deste ano. A iniciativa tenta levantar como essa agenda é (ou não) abordada pelas campanhas, mas também tem o objetivo de afirmar aspectos programáticos básicos que deveriam constar nas propostas de qualquer presidenciável. As análises não se aprofundam sobre a pertinência, viabilidade e assertividade de cada proposta, mas buscam estabelecer visualmente elementos comparativos entre as candidaturas.
A primeira leitura organizou os 13 programas de acordo com temas que dizem respeito ao Direito à Cidade. Para cada tema, emojis indicam se o programa de governo faz uma abordagem parametrizada (com mais ou menos metas), se a proposta é colocada de forma mais superficial, se o tema sequer é abordado ou se, quando abordado, a candidatura faz propostas no sentido contrário à afirmação de direitos, em especial ao Direito à Cidade.
Nenhum programa apresentou propostas consistentes, o que mostra como ainda há muito o que se avançar para inserir a agenda urbana e o Direito à Cidade nos debates, e espaços de formulação das políticas. Predomina a ausência de propostas na maioria das candidaturas, porém é possível notar que algumas são ainda mais insatisfatórias do que outras.
A segunda leitura organizou uma nuvem de palavras mostrando as que são mais usadas em cada plano de governo. Novamente, não se trata de uma análise qualitativa das propostas, sobretudo por se tratar de um levantamento quantitativo de palavras fora do contexto em que foram usadas nos respectivos planos. Ainda assim, mostra a centralidade dos discursos e deixa claro como temas relacionados ao Direito à Cidade estão escanteados na maioria das propostas de governo. Clique na imagem de cada candidato para ampliar.