Instituto Pólis denuncia baixa qualidade da energia em evento na ONU

A falta de acesso à energia afeta muitos brasileiros não só por problemas na infraestrutura de fornecimento, mas também pelo custo elevado do serviço e sua baixa qualidade. O alerta foi feito pela assessora de projetos do Instituto Pólis, Maria Gabriela Feitosa dos Santos, como representante do GT2030 no Grupo de Crianças, Adolescências e Juventudes (Grupo NNAyJ) do Mecanismo de Participação da Sociedade Civil da América Latina e Caribe na Agenda 2030 do Desenvolvimento Sustentável em evento do Fórum da Juventude do Conselho Econômico e Social (ECOSOC) da Organização das Nações Unidas (ONU), que aconteceu nesta semana em Nova Iorque.

O fórum é uma iniciativa por meio da qual juventudes podem contribuir com discussões de políticas na ONU por meio da apresentação de ideias, soluções e inovações coletivas. A assessora do Pólis participou do evento por meio de vídeo conferência diretamente do Chile, onde participou como membro organizadora no Fórum de Crianças, Adolescências e Juventudesda América Latina e Caribe 2030, promovido pelo Grupo NNAyJ e apoiado pela FAO e CEPAL.

“É preciso priorizar políticas públicas integradas e fundamentadas com metas que mensurem o impacto da implementação de projetos de fontes renováveis de energia ​​do ponto de vista socioambiental, cultural e em termos de acesso democrático”, defendeu Gabriela.

A especialista destacou ainda que essas políticas públicas têm de analisar com cuidado os locais e populações que precisam do acesso à energia, sempre buscando priorizar as fontes renováveis. Esse processo deve contar com a participação não só de governos locais e de organizações da sociedade civil, como das populações diretamente afetadas pelos problemas, incluindo crianças, adolescências e juventudes. A fala da assessora também embasou-se no longo processo de engajamento na revisão e acompanhamento da Agenda 2030, promovido pelo Grupo de Crianças Adolescências e Juventudes do Mecanismo de Participação da Sociedade Civil na Agenda de Desenvolvimento Sustentável, e que envolveu mais de 500 meninos, meninas, adolescentes e jovens de 7 a 35 anos, de mais de 20 países da região da América Latina e Caribe, de diversos grupos e comunidades.

No evento, Gabriela também alertou para o crescimento do uso de lenha e outros resíduos para o preparo de alimentos em fogões improvisados. A prática ameaça a segurança e a saúde de mulheres e crianças, normalmente responsáveis pela atividade.

A sessão ficou gravada e pode ser acessada aqui.