Homenagem à Danielle Klintowitz

“Esse deve ser o nosso horizonte, de todos que lutam pelo Direito à Cidade: que todas as pessoas possam usar, ocupar e usufruir plenamente das cidades, sem qualquer forma de discriminação” 


Há pouco mais de um mês sentimos saudades de Danielle Klintowitz.
Danielle era arquiteta e urbanista, mestre em urbanismo e doutora em Administração Pública e Governo. Desenvolveu diversos trabalhos sobre a elaboração e avaliação de políticas públicas na área de desenvolvimento urbano e habitação, temática na qual se aprofundou por meio de publicações e ações efetivas pelo Direito à Cidade. Dani não era, Dani é festa, é carnaval, mas também é habitação como direito e moradia digna para todas as pessoas. Dani vive em cada publicação, em cada tese, em cada memória, em cada prática de cidades justas.

A presença dela se faz em cada movimento de luta para transformar as cidades, começando com o direito à habitação como uma porta de entrada para tantos outros direitos. Disseminar sua produção dedicada em pensar o direito à cidade é uma forma de homenagear seu legado e manter viva sua memória, mas sobretudo, seu desejo de cidades livres de opressão.

 

Por que o Programa Minha Casa Minha Vida só poderia acontecer em um governo petista? [Cad. Metrop., São Paulo, v. 18, n. 35, pp. 165-190, abr 2016]

Uma análise da trajetória do principal programa habitacional desenvolvido na época da gestão do PT (MCMV), discutindo suas implicações para o direito à moradia e o papel dos atores do setor habitacional neste contexto. Disponível aqui.


Habitação em municípios paulistas: construir políticas ou “rodar” programas? [Revista Brasileira de Estudos Urbanos Regionais. v.16, n.2 (2014): novembro]

O artigo analisa os atores, arenas e processos efetivamente envolvidos em investimentos habitacionais nos municípios do estado de São Paulo, buscando compreender se esses investimentos convergiam ou não com os processos participativos instaurados na última década. Escrito em parceria com Raquel Rolnik e Rodrigo Iacovini. Disponível aqui.


Entre a reforma urbana e a reforma imobiliária: a coordenação de interesses na política habitacional brasileira nos anos 2000 [tese de doutorado, FGV, 2015]

Pesquisa sobre a trajetória da agenda habitacional brasileira durante o período da gestão do Partido dos Trabalhadores (PT) no governo federal, tendo como foco principal o processo decisório que estruturou o arranjo permitindo a convivência de duas agendas paralelas – uma ligada à reforma urbana e a outra à reestruturação do setor imobiliário e construção civil. Disponível aqui.


A (re) invenção da praça a experiência da Rocinha e suas fronteiras [dissertação de mestrado, PUC-Campinas, 2008]

Este trabalho propõe uma reflexão sobre os espaços públicos e as novas formas urbanas apropriadas cotidianamente nos territórios populares a fim de contribuir para o entendimento das práticas sócio-espaciais da cidade informal, utilizando como estudo de caso a Favela da Rocinha no Rio de Janeiro. Disponível aqui


ZEIS no divã: reflexões sobre uma jovem de quase 40 anos [Revista Dimensões do Intervir em Favelas: desafios e perspectivas.  1º ed. – São Paulo: Peabiru TCA / Coletivo LabLaje, 2019. p. 37-44]

Neste ensaio, são apresentadas algumas indagações acerca dos desafios à efetivação das ZEIS partindo de reflexões e experiências do Instituto Pólis na formulação de políticas urbanas e habitacionais em municípios brasileiros. Escrito em parceria com Felipe de Freitas Moreira, Margareth Matiko Uemura e Vitor Coelho Nisida. Disponível aqui


Botar seu bloco na rua é direito à cidade [artigo publicado no ArchDaily, em 2020]

Uma reflexão sobre o Carnaval como um momento de disputa. A ocupação da rua por meio desta festa ressignifica a forma de vivência dos lugares da cidade, proporcionando o encontro da diferença e a convivência com a diversidade em um período em que a rua está cheia e todas as pessoas podem estar na rua igualmente, expressando seus modos de vida e suas convicções. Escrito em parceria com Beatriz de Paula. Disponível aqui.


Uma Cidade Para Todes, Todas, Todos E Todxs – O Direito À Cidade Como Utopia Coletiva Para A Construção De Uma Nova Sociedade [Recortes de uma cidade do porvir, edição #53 do Caderno Pólis]

“Compreender a cidade e disputá-la sob a lente da interseccionalidade é crucial para concretizar as mudanças estruturais que sempre ambicionamos na defesa por cidades mais acessíveis, seguras, justas e sem nenhum tipo de discriminação”. Escrito em parceria com Rodrigo Iacovini. Disponível aqui.