Como estamos criando cidades melancólicas
Em entrevista à jornalista Maria Rita Kehl no programa Café Filosófico, a urbanista Ermínia Maricato explica os fatores que levam à melancolia na desigualdade urbana
Como a configuração e a arquitetura das cidades se relacionam com a melancolia? No programa Café Filosófico, Ermínia Maricato, arquiteta e urbanista, explica como as desigualdades urbanas têm gerado um estado melancólico e depressivo na população.
A melancolia também tem um caráter social. Nesse sentido, o melancólico é o estado daquele que se sente impotente, no caso das pessoas que vivem nas cidades, diante da construção opressora e excludente das cidades. Assim, segundo a especialista, a condição econômica, política e social influenciará na saúde mental de cada indivíduo. O tempo de transporte, a localização de moradia, estudo e trabalho, a concentração de empregos, e outros fatores fazem parte deste processo de exclusão da população periférica, por exemplo.
A ocupação dos espaços públicos e a efetivação das legislações acerca de assuntos que estão intrínsecos às cidades são dispositivos que levam ao caminho oposto ao da melancolia.
Veja o vídeo na íntegra abaixo: