[LIVRO DIGITAL]: Planejamento Alternativo: Propostas e Reflexões Coletivas

Esta publicação é fruto dos debates, das análises e trocas que ocorreram durante o evento organizado pelo Pólis em fevereiro de 2019 com parceria de fomento do CAUSP1. O seminário foi estruturado a partir de experiências locais de planos alternativos e/ou projetos coletivos que foram ou estão sendo desenvolvidos em quatro cidades brasileiras: Belo Horizonte, Fortaleza, Rio de Janeiro e São Paulo. Essas experiências trazem para a cena da arquitetura e do urbanismo ferramentas importantes para a formulação de políticas públicas e de projetos que enfrentam de forma interdisciplinar e politicamente engajada, o desafio posto.

Foram convidadas lideranças locais para representarem suas respectivas comunidades e apresentarem as práticas alternativas de planejamento e de projeto junto a técnicos e acadêmicos que acompanharam os processos em cada cidade. Além de promover uma reflexão crítica e de capacitar os estudantes e profissionais de diversas áreas, o evento abriu a possibilidade de debater o tema e criar uma rede multidisciplinar de instituições ligadas a este novo modo – o Planejamento Alternativo – para reflexões contínuas e profícuas sobre as ações desenvolvidas em diferentes contextos do país.

Confira aqui a obra completa

Foram abordadas as experiências de: 

• Campos Elíseos Vivo (São Paulo): construção de um plano com
moradores do bairro Campos Elíseos a partir da iniciativa do Fórum
Aberto Mundaréu da Luz, uma articulação de dezenas de entidades que
propuseram um processo de resistência às remoções no centro de São
Paulo a partir da formulação de uma contraproposta aos projetos oficiais. Caso relatado por Danielle Klintowitz, do Instituto Pólis, pela professora Lizete Rubano, coordenadora do Mosaico – Escritório Modelo da FAU-Mackenzie, e por Cássia Aparecida da Silva, moradora.

• Plano Popular da Vila Autódromo (Rio de Janeiro): experiência
premiada internacionalmente que construiu um plano alternativo à
remoção da comunidade, ameaçada pelo projeto do parque olímpico do
Rio de Janeiro e de tantas outras grandes intervenções públicas.   Caso relatado com a participação de Giselle Tanaka, do IPPUR – UFRJ, e de Sandra Teixeira, moradora.

• Comunidade Serviluz (Fortaleza): experiência de resistência de
uma comunidade litorânea em uma zona de fronteira da especulação
imobiliária de Fortaleza, Ceará. e que tem sido assistida pelo Laboratório
de Estudos da Habitação (LEHAB). Caso apresentado por Valéria Pinheiro, do Laboratório de Estudos da Habitação LEHAB – UFC, e por Pedro Fernandes, da Comunidade do Titanzinho, situada no Grande Serviluz.

• Vila Acaba Mundo (Belo Horizonte): traz reflexões sobre a experiência
de projeto compartilhado que vem sendo desenvolvida pelo grupo de
pesquisa da UFMG Praxis, em uma vila da cidade Belo Horizonte. Caso apresentado pela pesquisadora Geruza Lustosa e pela moradora Maria das Graças.

Oficinas Temáticas
A publicação ainda conta com uma segunda parte que reúne a sistematização das três oficinas temáticas que ocorreram no dia de encerramento do mesmo evento. Sendo elas:

• Oficina 1 – Práticas de assistência técnica e projeto arquitetônico
compartilhado;
• Oficina 2 – Estratégias de mobilização e participação e
• Oficina 3 – Interfaces do planejamento alternativo e políticas públicas
habitacionais e urbanas: avanços, limites e desafios.