Localizado em Santana, na zona norte de São Paulo, o teatro Alfredo Mesquita foi inaugurado em 1988 e recebe diversas atrações artísticas e culturais. Foi lá onde aconteceu a formação teórica do Programa Jovem Monitor/a Cultural (PJMC) desenvolvido pelo Instituto Pólis, no dia 06 de abril.
Os jovens monitores que atuam no teatro realizaram uma visita monitorada de uma forma diferente: o grupo “plateia” recebeu ingressos para a visitação e o grupo “artista” conheceu o equipamento começando pelo estacionamento, camarins, coxias, sala de som e iluminação, e etc., percorrendo todo o percurso que os/as artistas que lá se apresentam fazem. Ambos os grupos, depois, revezaram a visitação.
Nesse dia, os/as monitores/as deram continuidade na elaboração das pautas de jornalismo social e comunitário, iniciada na formação teórica do dia 16 de março com Marina Lopes, correspondente do Blog Mural, e Thiago Borges, do site Periferia em Movimento.
Nilton Bicudo, gestor do teatro Alfredo Mesquita, fez uma breve fala de boas vindas e de apresentação do teatro, reafirmando a importância de utilizar o espaço mantendo sua preservação. O equipamento contava com uma área de 400m² que, após uma reforma em 2013, passou a ter um total de 1.109,3m². Atualmente, possui 198 lugares na plateia.
Valmir Souza e Altair Moreira, assessores de formação do PJMC no Instituto Pólis, realizaram uma introdução da estrutura e dos eixos da Secretaria Municipal de Cultura (SMC). Valmir explicou que, genericamente, a estrutura de uma secretaria de cultura é constituída por um gabinete, com o secretário e seu adjunto, cargos de confiança e departamentos. Para ele, a estrutura do Estado brasileiro é, em geral, muito burocrática e patrimonialista.
“Essa estrutura, que é clássica, não dá conta das ações culturais realizadas nos bairros, nas periferias. O dilema é: como construir políticas públicas para públicos que não são normalmente atendidos pela prefeitura? Foi por isso que surgiu o Programa de Valorização de Iniciativas Culturais, o VAI, por exemplo.”, complementou.
Em seguida, os/as jovens se dividiram em grupos para pensar em sugestões de pauta a serem abordadas nas formações teóricas específicas nos eixos de Programação, Arte-educação e Linguagens Artísticas.
E o dia foi finalizado com muita música: alguns/mas monitores/as realizaram apresentações musicais de rap, MPB e blues. O rapper Muringa Dsp, nome artístico do monitor Bruno Bezerra Trindade, interpretou canções de sua autoria, acompanhado pelos jovens Lucas Albuquerque Stella, Elias Gehrti e Marcos Antonio Leite da Silva. Subiram ao palco, também, Mirna Neit Félix e Wilson Lopes Neto cantando clássicos da música popular brasileira.
Para o jovem Caio Vinicius Ceragioli Vieira, que atua no próprio teatro Alfredo Mesquita, foi “bacana” fazer e pensar a formação desse dia. “Junto com o pessoal do Pólis, estruturamos o dia e foi bacana ver as coisas dando certo, principalmente essa uma hora final com as manifestações artísticas”.
Na formação específica do Programa Jovem Monitor/a Cultural (PJMC) realizada no dia 30 de março, na Galeria Olido, em São Paulo, os/as jovens puderam conhecer algumas políticas públicas culturais da Secretaria Municipal de Cultura (SMC), como é o caso dos programas Valorização de Iniciativas Culturais (VAI), Aldeias, Agente Comunitário de Cultura e Pontos de Cultura.
“A Cidadania Cultural é um núcleo novo e difícil de conceituar, mas que tem como base estrutural um corpo com direção, coordenação e técnicos, com o caráter de acompanhar o financiamento do processo de produção artística cultural e o fortalecimento de grupos da periferia, trabalhando a cultura regionalizada”, explicou o jovem monitor Daniel Strabeli em uma breve apresentação do Núcleo de Cidadania Cultural e de algumas políticas públicas culturais da SMC.
Em seguida, o grupo de choro “O Ovo”, contemplado pelo programa VAI, realizou uma apresentação musical interpretando clássicos da música popular brasileira.
Os/as monitores/as também participaram de oficinas desenvolvidas por artistas contemplados/as pelo programa Agente Comunitário de Cultura. O ator Claudinho Irennio, fundador da Cia. Malucômicos de Teatro, ministrou a oficina de circo. Yvison Pessoa, integrante do grupo Berço do Samba de São Matheus, conduziu a oficina de percussão. Na oficina de fanzine, ministrada por Evelyn Medeiros Kazan, do coletivo de comunicação CLick, foi realizada uma breve conversa sobre a história do fanzine, onde os/as participantes puderam confeccionar suas próprias produções. Já Naná Roots fez os/as jovens dançarem na oficina de Samba Rock e Sound System. Em seguida, os/as agentes compartilharam suas experiências culturais e artísticas em uma roda de conversa.
Aldeias
Heloísa Pires de Lucca, coordenadora do programa Aldeias, trouxe um breve histórico do programa, originado do Vocacional Aldeias, realizado de 2008 a 2013. O programa é resultado de uma parceria da SMC por meio do Núcleo de Cidadania Cultural com as comunidades guarani Mbya, e de um convênio com o Centro de Trabalho Indigenista (CTI). Em seguida, Martha Luiza Macedo Costa Bernardo e Breno Feijó Alva Zunica, agentes culturais do Aldeias, compartilharam suas experiências e visões do programa.
De acordo com Heloísa, existe uma integração entre programas da SMC. “Temos alguns projetos do VAI acontecendo nas aldeias, e o Programa Aldeias também apoia os projetos do VAI. É muito legal isso, pois conseguimos trabalhar, em termos de projetos culturais, de forma muito integrada. Não há projetos isolados acontecendo”.
Cultura descentralizada
O coordenador do Núcleo de Cidadania Cultural, Gil Marçal, esteve presente para conversar com os/as jovens sobre políticas de cultura. Ele iniciou o encontro dizendo que há um esforço da Secretaria em promover políticas culturais de forma descentralizada, preferencialmente em locais onde o direito à cultura, do ponto de vista do acesso e da experimentação, está mais distante. “Se esses locais estão mais distantes, então é importante que cheguemos neles”, disse.
Gil explicou que a área de Cidadania Cultural é muito nova na SMC. “Ela vem com o propósito de expandir o acesso aos programas de cultura da cidade, principalmente nesses territórios onde o acesso às diferentes políticas públicas, seja de saúde, educação ou de cultura, como é o caso, estão mais fragilizadas”.
Segundo Gil, os programas que promovem uma parceria entre os grupos que produzem ações culturais e o poder público também são muito recentes e acontecem na cidade de São Paulo e no país em torno de 10 anos.
“Esse encontro, do poder público apoiar esses grupos, é muito recente. Antes disso, havia a ação direta, e isso continua existindo, onde se contratava um espetáculo ou se promovia uma ação direta do poder público, como é o caso das Casas de Cultura e do Sistema Municipal de Bibliotecas. Outra coisa que vai existir antes disso é a Lei Rouanet e outras leis de incentivo nos níveis federal e estadual. Essa nova lógica de produção cultural é muito recente e muito experimental”.
O coordenador do Núcleo de Cidadania Cultural também falou com os/as jovens sobre as tensões entre as Belas Artes e as Culturas Tradicionais e Populares e da importância de ser realizado um mapeamento sociocultural para distribuir de forma igualitária os recursos e projetos culturais para áreas mais necessitadas da cidade. Além disso, Gil disse que a cultura contribui para a transformação da identidade de um povo.
“As classes dominantes têm muita clareza do que cultura significa no sentido mais amplo, e não só de acesso às artes, mas como formação de um povo. O que transforma esse amontoado de gente nessa sala, na cidade de São Paulo ou no Brasil em um povo? A sua cultura”.
Gil finalizou o encontro dizendo que a cidadania precisa ter uma visão integral da cultura e das artes. “O importante é termos a ideia de que cidadania não é uma coisa estanque, à parte, separada. A cidadania tem que pensar na justiça social a partir de todos os elementos possíveis, inclusive das artes eruditas”.
O Programa Jovem Monitor/a Cultural (PJMC), desenvolvido pelo Instituto Pólis, deu prosseguimento ao eixo de Juventudes e Direito à Comunicação no dia 23 de março recebendo em sua formação teórica jornalistas para discutirem temas como mídia e gênero e democratização dos meios de comunicação.
No período da manhã, estiveram presentes as jornalistas Terezinha Vicente, da Rede Mulher e Mídia e da Ciranda Internacional da Comunicação Compartilhada, e Juliana Gonçalves, do Centro de Estudos das Relações do Trabalho e Desigualdades (CEERT) e integrante da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (COJIRA).
Terezinha iniciou o encontro mostrando como se constituíram na cultura hegemônica o poder da informação e a opressão das mulheres, apresentando os contextos históricos do direito à comunicação e de como as mulheres foram enxergadas em determinados períodos da história. Foi feito, também, um resgate do movimento feminista e de como os meios de comunicação retratam as mulheres.
Nas telenovelas, Terezinha identificou que as personagens “heroínas” são retratadas sob aspectos de maternidade, família, religiosidade e sacrifício. Enquanto as retratadas como pessoas de sexualidade livre, são as “vilãs”, que têm como destino na trama a morte, a solidão ou a “loucura”. Já nas propagandas, existe uma beleza única. São apresentadas somente mulheres que refletem o padrão de beleza eurocêntrico dominante: brancas e magras, geralmente heterossexuais. Terezinha citou as propagandas de cerveja como exemplo da mídia para hiperssexualizar o corpo feminino.
“Gostaríamos que nossa televisão mostrasse mulheres de todos os tipos, de todas as orientações sexuais, que mostrasse mais nossa mulher real”, afirma.
Juliana Gonçalves conversou com os/as jovens sobre a construção da mulher negra na mídia de massa. Segundo ela, a mídia não adota uma perspectiva de raça, etnia e gênero. “Ela [a mídia] invisibiliza de forma sistemática a contribuição e a participação das mulheres, em especial das negras, indígenas, lésbicas e transexuais. Isso se dá por uma combinação de fatores como racismo, sexismo e etnocentrismo”.
De acordo com Juliana, a mulher negra retratada hoje pela mídia segue estereótipos historicamente construídos e se limita ao imaginário exótico. Ela identifica alguns perfis pejorativos: a “mulata” (termo derivado da palavra “mula”), cuja sexualidade é exacerbada; a “mãe preta”, sempre disponível para servir; e a “barraqueira”, que resolve os conflitos na força e não usa o intelecto. “Esses estereótipos acabam limitando o lugar social da mulher negra”, disse.
Juliana, que também participa do Núcleo Impulsor do Estado de São Paulo da Marcha das Mulheres Negras, falou sobre a Marcha das Mulheres Negras 2015 que será realizada no dia 18 de novembro, em Brasília. “Essa marcha pretende unir a mulher negra e pautar toda nossa trajetória de resistência e ancestralidade”.
Em seguida, Terezinha e Juliana desenvolveram uma atividade com os/as jovens monitores/as na qual puderam dizer como se viam representados/as pela mídia e como gostariam que fosse essa representação.
Exercitando o diálogo
Michelle Prazeres, mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP), doutora em Educação (FE-USP) e integrante do grupo Intervozes, esteve no período da tarde com os/as jovens e desenvolveu uma atividade de espectograma para mapear os hábitos de consumo e de produção de informação/comunicação. “Tentamos entender com que frequência eles [jovens] acessam os meios de comunicação pra se informar e se comunicar”.
A jornalista, que também é professora da Faculdade Cásper Líbero, falou sobre a construção do direito à comunicação e sobre a diferença entre liberdade de expressão, direito à comunicação e democratização dos meios.
“Se tivesse que construir uma escala, eu diria que a liberdade está ligada mais aos direitos individuais, a liberdade de se expressar. Quando falamos em democratização, falamos em acesso pra todo mundo. E quando falamos em direito, falamos em o Estado garantir que a sociedade reivindique”, explica.
Após um debate, Michelle conduziu uma dinâmica com base numa metodologia de tribunal, onde os/as jovens foram divididos em grupos (acusação, defesa e júri) e, a partir de dois casos de violação de direitos humanos na mídia, puderam expor seus argumentos, que foram levados para uma roda de conversa para que fosse exercitado o diálogo.
“Queríamos que eles [jovens] chegassem à conclusão de que é muito importante estar aberto ao argumento e ao lugar do outro, ainda que precisemos disso para reafirmar a nossa posição nesse processo tão importante hoje em dia, e que sempre foi, que é o de estabelecer diálogos, principalmente quando falamos sobre direitos”, finaliza.
Jovens Monitores/as Culturais da Ação Educativa e do Instituto Pólis dialogaram com o poder público sobre o programa e sobre as políticas culturais da cidade
No dia 13 de abril, em comemoração ao Dia do Jovem, participaram da formação teórica do Programa Jovem Monitor/a Cultural (PJMC) o prefeito Fernando Haddad e o secretário municipal de cultura Nabil Bonduki. O encontro aconteceu no auditório da Fundação Nacional das Artes (Funarte), em São Paulo, e contou com apresentações musicais e poéticas dos/as monitores/as. A mediação ficou por conta de Ingrid Soares, ex-jovem monitora cultural e hoje gestora de redes do Centro Cultural da Juventude (CCJ). Entusiasmada, ela ressaltou seu desejo de que “todos um dia virem gestores culturais de fato”.
A Prefeitura planeja ampliar o programa para as Casas de Cultura, que foram reintegradas à administração da Secretaria Municipal de Cultura (SMC), em 2014. Anteriormente, esses equipamentos faziam parte da Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras. Tal ampliação foi reforçada pelo secretário Nabil Bonduki. A expansão do programa tem acontecido desde 2013, culminando, ao final de 2014, com 190 jovens atuando em diversos equipamentos.
Haddad falou da importância da cultura na sociedade brasileira e sua centralidade para a capital paulista, chamando atenção para o seu papel na consolidação do respeito à diversidade. “A cultura sempre foi importante e sempre será, mas faz tempo que ela não é tão necessária quanto hoje, para garantir que não haja retrocesso no Brasil”, afirmou.
A gestão dos equipamentos públicos conquistaram centralidade quando Haddad tratou do impacto social das ações culturais. Para o prefeito, é fundamental ressignificar os locais de atuação dos jovens. “A ideia é que vocês [jovens monitores/as culturais] tenham uma formação cultural, um espaço para reflexão, interagindo com os gestores dos equipamentos para promover uma reocupação, uma repaginação, uma reorientação desses equipamentos, até pela experiência que vocês trazem”, disse.
“Acho esse programa excepcional. Nem todo gestor cultural é um artista, mas hoje fica cada vez mais difícil um artista não ter noções de gestão cultural”, afirmou Haddad sobre o PJMC.
Ao parabenizar os/as jovens monitores/as culturais pela atuação, o prefeito afirmou sua convicção de que “precisamos apostar na cultura, que é o que vocês [jovens monitores/as culturais], mais do que qualquer outra camada da sociedade, acreditam, porque ela tem um potencial não só de transformação, mas de resistência”.
(Foto: Carlos G.off/JMC)
Cultura em crescimento
Para o secretário de cultura Nabil Bonduki, a área é uma das que mais crescem do ponto de vista econômico e é preciso formar gestores/as culturais qualificados/as e que possam atuar em diversos lugares do país, a partir de diferentes contextos. Ele ressaltou que a experiência prática dos/as jovens monitores/as culturais é importante para que os equipamentos culturais funcionem de maneira mais orgânica com o território. “A ideia do Programa Jovem Monitor/a Cultural não é simplesmente a ideia de um estágio, onde a pessoa trabalha. A ideia é de um programa que tenha uma formação teórica, de debate, ao mesmo tempo de um processo de atuação no equipamento. Isso é muito importante para quem está se formando. Vemos hoje no país uma demanda muito grande por gestores/as culturais e, no fundo, esse programa cumpre várias finalidades”, disse.
(Foto: Rogério Fonseca/CCJ)
O secretário tratou de temas como o orçamento da SMC, seus departamentos e áreas. Como urbanista, trabalhou na relação entre cidade e cultura, reforçando a importância do/a “jovem atuar no equipamento, conhecendo as políticas e fazendo uma ação que não é simplesmente o exercício de uma única atividade”.
Os/as jovens puderam dialogar com o secretário trazendo inúmeras questões para reflexão, como o andamento do processo de ampliação do PJMC, a importância de assegurar os direitos desses/as jovens e o acesso efetivo daqueles/as de baixa renda, a reflexão em torno de uma política de cotas dentro do programa, dentre outras questões. Também fizeram perguntas sobre a atuação no campo cultural e a concepção e execução de políticas públicas desse universo. “Depois dessa formação rica que nós temos, tanto teórica, quanto prática, como vocês pensam esse jovem daqui três ou quatro anos? Como vocês pensam nossa atuação na cidade?”, perguntou Juliana Gervaes, jovem monitora cultural da Produção do Departamento de Expansão Cultural (DEC). O secretário espera que o tempo de atuação no Programa Jovem Monitor/a seja relevante para a profissionalização em gestão cultural, produção cultural e até na atuação dos jovens enquanto artistas. “Que essa experiência seja importante, que os capacite para poderem atuar, seja na Prefeitura ou em outros lugares”.
(Foto: Carlos G.off/JMC)
Programa Jovem Monitor/a Cultural
O encontro reuniu pela primeira vez todos/as os/as jovens das instituições conveniadas. Atualmente, os/as 126 jovens que recebem formação da Ação Educativa atuam no CCJ – Centro Cultural da Juventude, nas bibliotecas municipais, no Museu da Cidade/Solar da Marquesa, OCA do Parque Ibirapuera e Arquivo Histórico. Já o Instituto Pólis realiza a formação de 60 jovens que atuam no Centro Cultural da Penha (CCP), Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes (CFCCT), teatros distritais, Cidadania Cultural, Fomentos e outros setores do Departamento de Expansão Cultural (DEC).
Criado pela Lei Municipal 14.968/09 e regulamentado pelo Decreto Municipal 51.121/09, o PJMC se realiza através de 30 horas semanais remuneradas, sendo 24 de formação prática, executadas em equipamentos públicos da SMC, e 6 de formação teórica, na qual são promovidas leitura, discussão e produção de textos, visitas monitoradas, elaboração de projetos e participação em oficinas.
De acordo com Alexandre Piero, ex-diretor do CCJ, entre seus desafios e perspectivas estão a valorização da sua dimensão formativa, sua compreensão enquanto programa de formação pelos equipamentos culturais e sua expansão para novos espaços da SMC, integrando-o também com outras políticas, como o Pronatec Cultura.
Nessa entrevista a oficineira do Pontão, compartilha a experiência da arte-metodologia das Rodas de Convivência e Cultura de Paz, realizada em pontos de cultura em diversos lugares do país. ” Nós tentamos trabalhar de uma forma que os conteúdos sobre cultura de paz surjam do próprio grupo. Quando falamos da convivência em geral e depois o conceito de guerra e de paz que eles mesmos trazem, eles assimilam e entendem que já desenvolvem paz com suas ações”. Martha também fala das ações de cultura de paz já promovidas nos pontos de cultura. Ouça a entrevista.
O Pontão de Convivência e Cultura de Paz do Instituto Pólis realizou em 19 de janeiro de 2015, a caminhada Conviver em Paz nas Cidades – 1ª Caminhada do Programa Jovem Monitor Cultural: Culturas Negras. A atividade integrou a programação da formação teórica do Programa Jovem Monitor Cultural (PJMC) desenvolvida pelo Instituto Pólis e foi aberta ao público geral. A caminhada teve enfoque na importância das populações de origem africana e de seus descendentes na construção de São Paulo e passou por diversos pontos do centro da cidade.