Confira a publicação “Gestão Sustentável de Resíduos Sólidos Urbanos – Uma proposta para Itanhaém”
de Comunicação Pólis para Aliança Resíduo Zero Brasil
Em parceria com a Prefeitura Municipal de Itanhaém, o Instituto Pólis lançou a publicação “Gestão Sustentável de Resíduos Sólidos Urbanos – Uma proposta para Itanhaém”. O documento é resultado do trabalho que foi desenvolvido ao longo de um ano e meio para a concepção de um novo sistema de coleta seletiva e biodigestão na cidade de Itanhaém. O projeto foi realizado com apoio da LARCI- Latin America Regional Climate Initiative.
O intuito do Projeto de Implementação de Sistema de Biodigestão no Município de Itanhaém é promover, disseminar e contribuir para a implantação de alternativas tecnológicas de manejo e disposição final dos resíduos sólidos urbanos (RSU), segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Dessa forma, o trabalho pretende cooperar para uma transformação na cultura de gestão de RSU.
As responsáveis pela construção do projeto foram Elisabeth Grimberg, coordenadora de Resíduos Sólidos do Instituto Pólis, e Rosana Bifulco, secretária de Planejamento e Meio Ambiente de Itanhaém. Clauber Leite e Roberto Kishimani, especialistas em Energias Renováveis e Resíduos Sólidos, também colaboraram para a realização do trabalho. Além disso, a interlocução com a LARCI foi feita por Ruy de Goes, consultor da instituição.
Segundo Grimberg, “Itanhaém foi escolhida para iniciar o projeto porque seu Plano de Gestão tem uma previsão de coleta seletiva em 3 tipos (orgânico, reciclável e rejeitos)”. Integrante da Região Metropolitana da Baixada Santista, a cidade expressa em seu Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos — PGIRS/PMI o objetivo de mudar a cultura de gestão de tratamento dos RSU.
O projeto foi desenvolvido em três eixos: no primeiro, foi realizado estudo de viabilidade, no qual foi possível elaborar um modelo econômico-financeiro para a implantação de um sistema de tratamento dos resíduos orgânicos por biodigestão; já no segundo, foi feita uma assessoria à Prefeitura para a implementação do PGIRS e para avaliar as condições de trabalho da cooperativa para catadores Coopersolreciclando.
Por fim, o último eixo constitui-se na disseminação da proposta mais ampla de defesa do equilíbrio ambiental e de diminuição das emissões dos gases do efeito estufa, além das rotas tecnológicas que integram a biodigestão para diferentes públicos e em diferentes fóruns. Foram realizados diversos eventos e oficinas para gestores públicos, cooperativas e público geral para debater o manejo de resíduos na cidade.
“O projeto funciona não só para Itanhaém, mas para todo o Brasil”, explica Leite. Segundo o especialista em energia renovável, resíduos e meio ambiente, apesar do plano ter sido pensado para Itanhaém, as alternativas nele propostas podem servir para qualquer município, desde que adaptadas às peculiaridades de cada região.