Experiências de não geração de resíduos são apresentadas evento na UMAPAZ
1º encontro do Ciclo de Diálogos Resíduo Zero destacou boas práticas em iniciativas públicas e privadas
da Aliança Resíduo Zero Brasil
O 1º encontro do Ciclo de Diálogos Resíduo Zero buscou apresentar a cooperação entre setores público, privado e da sociedade civil. O evento aconteceu na sede da UMAPAZ, departamento de Educação Ambiental da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo, dia 9 de junho, quinta-feira.
No encontro foi apresentada a Campanha Resíduo Zero: foram elaborados três vídeos que pretendem conscientizar a população acerca da temática dos resíduos sólidos para pressionar o governo e os setores empresariais a diminuírem a produção de resíduos e se adaptarem às exigências da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Segundo Carlos Henrique Oliveira, co-promotor da Aliança Resíduo Zero Brasil, a proposta da Aliança é trabalhar com a valorização de resíduos em âmbitos econômicos e sociais, a revisão nos padrões de produção, a não-geração de resíduos e o combate à obsolência programada, além de alertar que os resíduos sólidos podem ser prejudiciais à mudança climática desde o momento da sua produção até seu descarte.
Confira os outros vídeos da campanha: Política Municipal de Resíduos Sólidos e seus atores e Resíduos e as Mudanças Climáticas
Em São Paulo, os resíduos sólidos são compostos por 51% orgânicos, 32% recicláveis e 17% rejeitos, segundo Antonio Storel, coordenador do Programa de Resíduos Orgânicos da AMLURB (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana). Storel falou sobre as experiências de reaproveitamento de resíduos orgânicos no município. Hoje, já existe um projeto piloto de pátio de compostagem na região da Lapa, do programa Feiras e Jardins Sustentáveis.
A própria sede da UMAPAZ pode ser considerada resíduo zero: no local, os resíduos produzidos são divididos em recicláveis, compostáveis e aterráveis. Lá, é realizada coleta seletiva e análise diagnóstica da produção de resíduos – ambas feitas de forma participativa, onde todos da equipe colaboram de forma rotativa. Segundo Alessandro Mazzoni e Sérgio Rosenberg, ambos do departamento de Educação Ambiental da UMAPAZ, é necessário sensibilizar o poder público para que o método seja aplicado em outros equipamentos públicos, que servem de exemplo para a sociedade civil.
Fernando Beltrame, presidente da Eccaplan, consultoria em sustentabilidade, contou experiências de resíduo zero em setores privados. A construção de campanhas e materiais de comunicação sobre a questão dos resíduos sólidos é necessária para a disseminação dos conceitos que envolvem a não-geração de resíduos.
A produção de “lixo” é um sintoma da vida urbana. Construir um outro olhar perante aos resíduos que permeiam o cotidiano é necessário para a descentralizar de responsabilidades de setores públicos ou privados. Dessa forma, será possível entendermos que a redução, reutilização e não geração de resíduos sólidos é uma responsabilidade tanto coletiva quanto individual.
Saiba mais sobre a Campanha Resíduo Zero