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Acesse o conteúdo do debate sobre a prestação de serviços de catadores e catadoras

30/04/2014

No dia 29 de abril, o Instituto Pólis promoveu o debate Prestação de Serviços pelas Cooperativas de Catadores e Catadoras. Estiveram presentes na mesa Maria Mônica da Silva, representante do MNCR (Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis) e Carlos Henrique de Oliveira, arquiteto urbanista e consultor nas áreas de Gestão de Resíduos Sólidos e Meio Ambiente. O evento foi organizado pela coordenadora de Resíduos Sólidos do Pólis, Elisabeth Grimberg, e apresentou as ferramentas de capacitação e gerenciamento da Coopcent ABC (Cooperativa Central de Catadores e Catadoras de Material Reciclável do Grande ABC), no âmbito do Projeto “Fortalecimento da Coleta Seletiva no Grande ABC”.
Ex-moradora de rua, Mônica começou como catadora em Diadema e desde 2005 está na Cooperlimpa. A partir de 2006, através do projeto Gestão Participativa e Sustentável de Resíduos Sólidos – Coleta Seletiva Brasil – Canadá, os grupos descobriram na venda coletiva, a possibilidade de negociar diretamente com a indústria por um valor maior, ao comercializar em grande quantidade. “Foi um divisor de águas”, conta Mônica.


Maria Mônica da Silva, representante do MNCR

A partir do ano seguinte, os grupos constituíram a primeira cooperativa de segundo grau do Estado de São Paulo, a CoopCent ABC (Cooperativa Central de Catadores e Catadoras de Material Reciclável do Grande ABC), a partir da união de três cooperativas: Cooperma (Mauá); Cooperpires (Ribeirão Pires) e Cooperlimpa (Diadema). Em 2010, é conquistada a sede em Diadema. Atualmente, 12 cooperativas integram o CoopCent ABC.

Ao longo do debate, foram apresentados estudos e ferramentas gerenciais produzidos pela CoopCent ABC. O Projeto Fortalecimento da Coleta Seletiva do Grande ABC foi a força motriz que identificou os tipos de serviços prestados e as diversas funções exercidas pelos trabalhadores de cooperativas, seja através de oficinas, seja através de estudos financeiros e de base legal.


Maria Mônica da Silva, Elisabeth Grimberg e Carlos Henrique de Oliveira

A necessidade de maior organização e profissionalização dos catadores entrou em discussão por diversas vezes, durante o encontro. “Nós catadores precisamos nos organizar e nos profissionalizar ou deixaremos de existir. A gente costuma dizer lá na Cooperlimpa que é um leão por dia”, afirmou Mônica.

Entre as intervenções no debate, foi sugerida a realização de um Manual, que pudesse informar com mais detalhes como é possível implementar os instrumentos desenvolvidos pela Coopcent, e a urgente capacitação dos catadores, com vistas à profissionalização da classe trabalhadora.

Carlos Henrique, que desenvolveu junto com a Coopcent o projeto “Fortalecimento dos Catadores e Catadoras e Ampliação da Coleta Seletiva no Grande ABC”, apresentou as ferramentas desenvolvidas ao longo do projeto e seus resultados.

Entre os objetivos do projeto apresentados por Carlos Henrique, estão a ampliação da capacidade gerencial das cooperativas e associações de catadores do Grande ABC, capacitando seus componentes e inserindo, de maneira socioprodutiva, catadores não organizados.

Carlos Henrique de Oliveira, durante o debate.

Para mais informações, o Pólis disponibiliza o documento em PDF apresentado durante o debate por Carlos Henrique, com  maior detalhamento do Projeto Fortalecimento da Coleta Seletiva do Grande ABC. Baixe aqui!

Veja aqui as fotos do evento.

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