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Agricultura urbana promove igualdade e inclusão social

29/04/2011

 

Além da formação teórica sobre os conhecimentos da agricultura urbana e cidadania alimentar, o curso desenvolvido pelo Instituto Pólis em parceria com o CRSANS (Centro de Referência em Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável) promove a capacitação técnica sobre domínios da agricultura urbana comunitária e de organização política de moradores da região do Butantã. O resultado promove integração e inclusão social.

Compondo o grupo que participa das atividades estão moradores da comunidade em geral, estudantes, agentes de saúde, pessoas da terceira idade e usuários do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial).

Segundo Mariana Romão, técnica do Instituto Pólis, “os benefícios psicológicos e terapêuticos promovidos pela agricultura urbana são sentidos não apenas pelos pacientes do CAPS. O projeto defende um novo paradigma de produção e consumo, e corresponde ao direito básico de qualquer indivíduo – o direito humano à alimentação adequada”.

segurança alimentar e nutricional
O direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam social, econômica e ambientalmente sustentáveis.

Segundo a terapeuta ocupacional Érica Venturini e assistente social Vera Lucia Fernandes do CAPS, a participação no curso de Agricultura Urbana e Cidadania Alimentar tem propiciado aos usuários do CAPS a oportunidade de estar num espaço aberto da comunidade, convivendo com pessoas diversas e aprendendo conceitos e práticas importantes sobre cidadania e meio ambiente.

“Num curso onde os participantes não são mero expectadores, é possível projectualizar sentido e humanidade no fazer. Alí, pessoas mais hábeis e menos hábeis não se dividem, ao contrário se somam e produzem um novo contexto e um novo lugar social onde a diferença é possível sem que sejamos indiferentes a ela. Trata-se de situação favorável à promoção da inclusão social, onde a doença é redimensionada, o sujeito passa a ter possibilidades reais de efetuar trocas sociais e a sociedade de desmistificar as condições de incapacidade e periculosidade atribuídas à doença mental”, afirmam as técnicas do CAPS Butantã.

O curso acontece no âmbito do Projeto “Cidadania Alimentar e Agricultura Urbana”, financiado pelo Fundo Especial do Meio Ambiente (FEMA) da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente.

Mais informações:
CRSANS-BT
telefone 11 3731-7126