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AJAYU: Preparação para o II Encontro de Cultura Viva Comunitária

16/09/2015

Instituto Pólis

Instituto Pombas Urbanas

II Encontro de Cultura Viva Comunitária acontecerá em El Salvador de 27 a 31 de outubro

Ajayu é uma palavra do mundo andino que expressa a energia que dá movimento a vida, verdadeira onda vibratória que flui no universo; pode ser a alma que está presente em cada um dos seres vivos e em cada elemento do cosmos; força espiritual que contém sentimentos e razão; energia vital. Com este sentimento o Instituto Pólis e o Instituto Pombas Urbanas deram início, no dia 17 de agosto de 2015, a mais um Ajayu, desta vez preparando o II Congresso Latino-americano de Cultura Viva Comunitária, que acontecerá em outubro de 2015, em El Salvador. O evento reuniu 115 pessoas, muitas delas participantes do I Congresso, realizado em La Paz, Bolívia.

O encontro contou com a presença do grupo chileno Aleph, de Jorge Blandon, da Corporación Nuestra gente, de Medellin; de Cézar Escuza, do grupo peruano Vichama; do historiador e escritor Célio Turino; Alexandre Santini do Ministério da Cultura; Nabil Bonduki, secretário municipal de cultura e Natalia Cunha, representante da Secretaria Estadual de Cultura do Estado de São Paulo; além de dezenas de representantes de ONGs, associações e movimentos culturais da cidade. O Encontro foi mediado pelo poeta Hamilton Faria, coordenador de cultura do Instituto Pólis e pela equipe do Pontão de Cultura de Paz  (Martha, Wanda, Barata, Ira). Clodoaldo Santos,  técnico de TI montou a conversação em streaming com Maurlen e Sara, coordenadoras do  Congresso. Adriano Mauriz, coordenou  a vinda de grupos teatrais latino-americanos.

No Encontro também foram lidas mensagens de Ines Sanguinetti (Argentina), Davy Alexandrisky (Rio de Janeiro), Ivan Nogales (Bolivia) e Dan Baron (Amazônia). As mensagens irradiaram um clima de fraternidade e poesia e contribuíram para a energia do Encontro.

A proposta era realizar um encontro cultural e poético que gerasse aglutinação para o Congresso, com reflexões sobre a importância da Rede Cultura Viva e com propostas a serem desenvolvidas para preparar o evento.

Um momento de vibração e arte povoou o Encontro; diálogos, discursos, conversas, principalmente testemunhos de vários países. A energia de Ajayu contaminou mais uma vez o ambiente, trazendo sentimentos construtivos para a consolidação da Rede Cultura Viva Comunitária nos vários países da América Latina.

Das várias falas pode-se  destacar:

 – a importância do encontro para a preparação do Congresso; a presença de Brasil, Colômbia, Peru, Bolivia e França;

– a presença da rede na América Latina e sua atuação;

– a presença da música e da poesia trazendo a memória, sentimentos e sensações da América Latina;

– a cultura biocêntrica em curso a partir do direito à vida e do bem viver (Teko Porã);

– a importância do conhecimento dos povos ancestrais e da memória como formadora da diversidade e da identidade;

– a importância da aprovação da Lei Cultura Viva no Brasil e a sua reverberação em outros países do continente;

– o envolvimento do Minc (compromete-se a apoiar ida de 30 a 40 pessoas), da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo e da Secretaria de Estado da Cultura que manifestaram  a disposição de apoiar a ida de congressistas;

– a importância do Cultura Viva na afirmação e defesa da democracia;

– reconhecer a cidadania cultural e potencializar atores para ampliar o sentido da cultura de paz, desenvolvendo o diálogo intercultural;

– a importância das escolas vivas comunitárias como proposta da Cultura Viva;

– manifestações contra os sentimentos de ódio, intolerância e conservadorismo; especialmente homofobia, violência contra negros, discriminação contra migrantes e imigrantes;

– ocupações de espaços públicos por coletivos culturais;

– fortalecer o protagonismo cultural de crianças, adolescentes e jovens;

– importância da natureza e do sagrado das culturas tradicionais para o fortalecimento da Cultura Viva Comunitária;

– criar espaços para escutar a cultura amazônica;

– a importância da convivência na construção do bem comum;

– a Rede Cultura Viva Comunitária deve ser expressão da cultura de paz na América Latina e pode incorporar os nossos potenciais afetivos e culturais;

– manter acesso o fogo e o abraço de Ajayu na América Latina, a essência que nos faz vivos;

– que nosso Ajayu venha nos habitar de novo, que Ajayu esteja conosco no II Congresso de El Salvador;

– um grito final de celebração: Ajayu!