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Ana Tomé, diretora do Centro Cultural da Espanha fala sobre Cultura de Paz

29/04/2011

 

Começou ontem o Encontro Internacional “En pie de paz” – Cultura de paz, políticas públicas e desenvolvimento cultural.
Ana Tomé, diretora do Centro Cultural da Espanha, conversa com o Pólis a respeito da Cultura de Paz.

O encontro será dia 25, 26 e 27 de Abril de 2011 em São Paulo, é organizado pelo Centro Cultural de Espanha e pelo Instituto Pólis e será transmitido ao vivo pelo endereço eletrônico _____. Ana Tomé coordena o evento junto com Hamilton Faria e Valmir de Souza.
O evento internacional pretende abrir um espaço de reflexão e debate sobre as práticas de Cultura de Paz, a efetivação de políticas públicas e o desenvolvimento cultural nesse campo a partir de questões conceituais e também de práticas de cultura de paz em andamento.

Pólis – Porque o Centro Cultural da Espanha está apoiando no Brasil um evento que trata da Cultura de Paz?
Ana Tomé – A Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID) do qual faz parte o Centro Cultural aqui em São Paulo (CCE_SP), tem dentro de suas linhas programáticas, recolhidas no Plano Diretor da Cooperação Espanhola, uma estratégia justamente para a construção de paz. No entanto não é um assunto exclusivamente trabalhado aqui no Brasil.
A Cooperação Internacional, especificamente espanhola, sempre define as linhas de trabalho em um país de acordo com o governo sócio parceiro, neste trabalho com o mundo. Não temos no Brasil uma área conveniada, um programa específico de construção de paz. No entanto fazemos transversal algumas políticas, como a de eqüidade de gênero, por exemplo, em todos os programas que aplicamos.

Pólis – Quais são as suas expectativas em relação ao Encontro Internacional “En pie de paz” – Cultura de paz, políticas públicas e desenvolvimento cultural?
Ana Tomé – Independentemente de todas as TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação), o encontro presencial é um momento para as pessoas realmente criarem redes. As TICs são de fato ferramentas, mas não são a essência. Eu acho que a essência do encontro é a troca da experiência e o compartilhamento do know-how, independente do nível que for: como ativista, como acadêmico, como poder público.
Acho que criar espaços físicos possibilita desdobramentos e projetos comuns que não são possíveis apenas na virtualidade. Pessoas, com a mesma preocupação possuem talvez diferentes aproximações para resolver situações.

Pólis – Qual é a importância da Cultura de Paz para a Cultura de uma maneira geral?
Ana Tomé – Eu sei que Cultura de Paz é um termo carimbado, que já possui um significado internacional. Mas eu diria de Cultura de Paz o mesmo que de Cultura: dependendo de quem fala tem um significado, uma orientação. Por exemplo, eu acho que Cultura também significa educação e valores, e em valores que tem a ver com direitos humanos. A cultura e os direitos culturais são direitos humanos. Obviamente a Cultura de Paz é o principal direito humano, o direito a vida, não é?
Sendo Cultura um termo transversal, que agente pode usar em muitas circunstâncias que as vezes não tem muito a ver entre si, levar este conceito transversal à tudo que fazemos, é vital: através da prática e da discussão, dos produtos culturais, mas também na mudança de ideologia e de mentalidade.

Quando: 25, 26 E 27 de abril de 2011
Onde: Centro Cultural da Espanha em São Paulo Av. Angélica, 1091

Confira programação do Encontro http://enpiedepaz.wordpress.com/programacao/
Transmissão ao vivo : http://www.ustream.tv/channel/encontro-internacional-en-pie-de-paz