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Biodigestão é considerada solução para 60% dos resíduos domiciliares
04/10/2012A especialista Elisabeth Grimberg do Instituto Pólis participou do Módulo III do workshop promovido pelo ICAL (Iniciativa Clima América Latina) referente à Resíduos Sólidos Urbanos.
“Foi ótima a oportunidade de participar do evento. Destaco a contribuição especial de Roberto Kishinami ao evento, e seu estudo comparativo sobre biodigestão e incineração, em que se percebe claramente que o uso de biodigestores reduz a emissão de gases de efeito estufa, além de seus custos serem muito inferiores em relação à incineração”, afirmou.
Segundo a especialista, a biodigestão pode ser uma solução, em diversas escalas, pois os equipamentos podem ter escalas diferenciadas, para 60% dos resíduos sólidos domiciliares que são úmidos (como sobras de alimentos ou resíduos de podas de jardim doméstico).
A responsabilidade do setor empresarial foi considerada extremamente importante quando Elisabeth Grimberg falou sobre a parcela seca. Segundo ela, a definição do modelo empresarial da Logística Reversa é fundamental para garantir o Sistema de Coleta Seletiva de forma completa, e fazer valer a ordem de que o custeio da coleta da fração seca é responsabilidade do fabricante, e não se deve usar recursos públicos para isso.
Aprovada recentemente, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) prevê o fim dos “lixões” até 2014 e a implantação de Planos Municipais de Gerenciamento de Resíduos em todas as cidades brasileiras. A busca por melhores alternativas tecnológicas e sua implantação nos municípios, com a minimização das emissões de GEEs vem sendo incentivada.
Política Climática, Transportes (a eficiência de combustíveis de veículos automotores e descarbonização do transporte urbano), e Resíduos Sólidos Urbanos foram os eixos trabalhados durante o workshop oferecido pela ICAL/LARCI.
A ICAL/LARCI foi criada a partir de uma iniciativa conjunta da Fundação Climateworks e das fundações: Children’s Investment Fund Foundation, William and Flora Hewlett Foundation e a Oak Foundation, para apoiar esforços locais para a redução da emissão de gases de efeito estufa (GEEs) na América Latina.