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Confira como foi o II Congresso Latinoamericano Cultura Viva Comunitária
12/11/2015de Comunicação Pólis
Cinco dias de espetáculos, festivais, debates, palestras, reuniões, feiras e oficinas: de 26 a 30 de outubro de 2015 aconteceu em El Salvador o 2º Congresso Latinoamericano Cultura Viva Comunitária. O encontro reuniu cerca de 400 pessoas na Universidade Nacional de El Salvador (UES). Hamilton Faria, coordenador da área de Cultura do Instituto Pólis, esteve presente no evento.
Em torno de mil pessoas participaram de uma caminhada pela região central de San Salvador que levou fantasias, máscaras e cores ao Congresso. Com o lema “Convivência para o bem comum”, o objetivo foi consolidar os processos de cultura viva comunitária, discutir as instâncias de modelos de políticas públicas na região da América Latina e Caribe e estreitar as relações entre os representantes de cada país a partir de troca de experiências.
Na programação, alguns temas que ganharam destaque foram incidência política, educação, rituais, memória, paz, diversidade e conhecimento. Faria foi coordenador do Círculo de Visión de Convivencia y Paz e abriu a mesa contextualizando o tema a partir da realidade brasileira. Segundo o coordenador, problematizar questões como a intolerância politica, religiosa e étnica são alguns dos desafios para a construção da Cultura de Paz hoje.
Em seguida, representantes de outros países relataram as dificuldades relacionadas ao recrudescimento da violência e à construção da convivência. A atividade também contemplou vivências e rituais de abertura com a Mestra Luz, que levou conhecimentos ancestrais de indígenas colombianos.
A necessidade de reconquistar o espaço público, questionar a indústria de armamentos, entender a natureza como sujeito de direitos, construir a cultura de paz como bem comum, fortalecer a convivência intercultural entre os diversos países foram algumas das conclusões do Círculo de Visión.
No penúltimo dia de Congresso, aconteceu o lançamento do livro Cultura Viva Comunitária/Convivencia para el Bien Común, com artigos de 17 países, incluindo Brasil, representado por Hamilton Faria e Célio Turino. A obra propõe reflexões acerca dos desafios desta importante articulação na história recente da América Latina.
O artigo de Faria retoma a experiência do Pontão de Convivência e Cultura de Paz, desenvolvido pelo Instituto Pólis, e narra a gênesis do Pontão, os conceitos, a artemetodologia de Cultura de Paz e os desafios para a construção dessa cultura na sociedade, sendo ela a base do reencantamento do país e da convivência em sociedade.
Na plenária final foram apresentadas comissões para organizar os participantes da rede: Formação; Desenvolvimento Territorial; Comunicação; Legislação e Políticas Públicas; e Economia da Vida, Cultura de Paz e Sustentabilidade.
Algumas conclusões do Congresso foram: promover Congressos Nacionais fortalecendo dinâmicas entre diversos países, visibilizar as experiências de bem viver, impulsionar a cultura de paz, a comunicação e a formação, os processos abertos, participativos e democráticos de tomada de decisões. Destacou-se também a importância de caravanas culturais na América Latina, ligadas à Rede Cultura Viva Comunitária e foi decidido que o próximo Congresso acontecerá no Equador.
Confira o documento de conclusões do debate do círculo Visión Convivencia y Paz