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Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa

23/01/2013

                                                                

No dia 21 de janeiro, segunda-feira, foi celebrado o no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, por meio de um ato interreligioso. O evento também marcou o lançamento da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial (Sepir) do município, onde o titular é o José de Paula Neto, Netinho de Paula.

Estavam presentes lideranças das religiões católica, evangélica, judaica, muçulmana, candomblé, umbanda, budista entre outras. Todos tiveram um espaço para fala, onde ressaltaram o respeito perante outras crenças, a tolerância na convivência e a cultura da não violência.

A ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, também marcou presença e pontuou, que as religiões de matriz africana são endereços marcados na discriminação racial e ressaltou a necessidade de se preservar a história da ancestralidade africana no país. “Temos que ter presente que esta celebração é uma reflexão do combate a intolerância religiosa, que para nós é o combate ao racismo”, completou a ministra.

O diálogo interreligioso, é a manifestação de fraternidade com pessoas e instituições de outras religiões não cristãs, um recurso para a comunicação não violenta e mediação de conflitos, também foi pauta durante toda a edição do ato.

Depois do ato político, o evento contou com a participação de artistas representantes da música, gospel, católica, baiana, afrobrasileira entre outras que representavam a diversidade e a convivência religiosa.

A Data

O Dia Nacional de Combate a Intolerância Religiosa, celebrado em 21 de janeiro, foi oficializado pelo então presidente, Luís Inácio Lula da Silva, com a Lei nº 11.635, em 2007. A data homenageia a sacerdotisa Gildásia dos Santos e Santos, a Mãe Gilda. Ialorixá do terreiro Axé Abassá de Ogum, em Salvador, Mãe Gilda morreu de enfarte, após ver sua foto publicada no jornal de uma igreja evangélica, acompanhada de texto depreciativo. Semanas antes, o terreiro de Mãe Gilda fora invadido por evangélicos. A Igreja Universal do Reino de Deus, responsável pela publicação da Folha Universal, foi condenada a indenizar a família da ialorixá.

 

“As religiões são caminhos diferentes convergindo para o mesmo ponto. Que importância faz se caminhamos por caminhos diferentes desde que alcancemos ao mesmo objetivo?” – Mahatma Gandhi