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Encontro Nacional do Pontão encerra com série de propostas para convivência e paz nas cidades

21/09/2013

O último dia do Encontro Nacional – Conviver em Paz nas Cidades, realizado no dia 21 de setembro pelo Pontão de Convivência e Cultura de Paz do Instituto Pólis, reuniu cerca de 60 representantes de Pontos de Cultura e agentes culturais de diversos Estados brasileiros, numa roda de proposições para construções de espaços de convivências mais humanos e pacíficos.

Um dia antes, os grupos se reuniram para dialogar, debater e deliberar novas propostas de dinâmicas, ações e políticas para convivência e promoção da cultura de paz nas cidades.

Para Hamilton Faria, coordenador do Pontão Pólis, a tônica do Encontro foi “a diversidade de pessoas, de histórias e experiências puderam enriquecer e tecer uma verdadeira rede de paz e convivência ao longo dos três dias”.

Provocados pela pergunta “Como construir a cultura de paz nas cidades?”, os grupos se debruçaram sobre os temas que iam da criação de políticas públicas para convivência à criação de práticas de educação para paz, inspirados pelos convidados e facilitadores, os participantes elencaram uma série de ações que já estão em desenvolvimento e outras que são planos futuros para construção de uma rede de conversação para convivência e paz nas cidades.

Por políticas públicas para diversidade cultural e convivência

Com a fala inspiradora de Américo Córdula e Maria Lúcia Silva, e facilitação de Veridiana Negrini, a roda de conversa sobre políticas públicas e diversidade levantou como principais propostas: a criação de estratégias de prevenção da violência e enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes; criação de observatório para acompanhamento das propostas oriundas das conferências e encontros municipais, estaduais e federais; espaço de diálogo permanente entre representantes de movimentos culturais, entre outras ações.

O grupo ainda destacou como proposta ações que valorizem e criem condições para construção de saberes, incentivos ao protagonismo juvenil, fomento ao exercício da consciência cidadã entre jovens e a aprovação e implementação de leis que fomentem as comunidades Griots e a Cultura Viva.

Roda de Conversa: Políticas públicas para diversidade e cultura da convivência
Roda de Conversa: Políticas públicas para diversidade e cultura da convivência
 

O grupo ainda destacou como proposta ações que valorizem e criem condições para construção de saberes, incentivos ao protagonismo juvenil, fomento ao exercício da consciência cidadã entre jovens e a aprovação e implementação de leis que fomentem as comunidades Griots e a Cultura Viva.

 
Caminhos nas cidades: mobilidade urbana, cultural e convivência
Com o tema da mobilidade urbana, o grupo facilitado por Valmir de Souza, e com falas inspiradoras de Guilherme Varella e Nazareno Afonso, o círculo levantou os questionamentos, as insatisfações e informações sobre as políticas de mobilidade urbana atual. Com a perspectiva de provocar e trazer a reflexão, o grupo destacou:
– Como propiciar os fluxos culturais livres da mobilidade cultural em consonância com a mobilidade urbana? Como ‘linkar’ os agentes e grupos de diferentes discussões, sem restrições geográficas e linguísticas? Como pensar ações conjuntas de cultura, educação, esporte, saúde para a educação básica? Como é possível transformar as ruas em espaços públicos de convivência? Como incorporar a interculturalidade na mobilidade urbana?
Assista entrevista com o  facilitador da roda e consultor do Pontão, Valmir de Souza, sobre o círculo de mobilidade.
Rios, pontes e overdrives
Dando continuidade à reflexões promovidas pelas ações do Pontão em ocupar, atuar e reencantar o espaço público, a roda de conversa  “Apropriação da cidade e os espaços públicos de convivência”, com a facilitação de Altair Moreira e falas inspiradoras de Juliana Kintanki e Marcelo Manzatti, levantou como pontos cruciais: a desburocratização e descentralização da gestão municipal dos espaços públicos, com a flexibilização do acesso por grupos formais e não formais, pessoas físicas e jurídicas, sociedade civil organizada e movimentos sociais, entre outras propostas.
Veja o vídeo do Apropriarte projeto de intervenção e apropriação dos espaços públicos com arte, convivência e cultura de paz realizado em 2011 pelo Pontão de Convivência e Cultura de Paz, do Instituto Pólis.
Formada por representantes de diversos Pontos de Cultura, a roda de Tecnologias Socioculturais e Comunicação teve as falas inspiradoras de Ana Paula do Val e Daniela Greeb, e a facilitação de Marilda Donatelli. Entre as principais propostas e reflexões do grupo, destaca-se a necessidade de criar e ressignificar as palavras para um contexto de promoção da paz e construir espaços físicos e virtuais para troca, escuta e diálogo entre os diversos atores socioculturais.
Afim de construir um espaço virtual para troca e diálogo sobre as ações de cultura de paz realizadas pelos participantes do encontro, o Pontão criou o grupo no facebook, acesse!
Facilitado por Hamilton Faria e inspirado pelas falas de Ligia Daher e Pedro Garcia, a roda Educar para Paz levantou proposições e reflexões sobre novas formas de educação que preconize a paz, a convivência e a diversidade. Inspirado por Paulo Freire, o grupo falou sobre a ampliação das redes relacionamento e convívios que podem ser criadas no espaço educacional. O arte-educador Dan Baron, afirmou que “Igualdade e Paz, é bem possível e que a invés de observatório, devemos criar “transformatorios” no território e áreas onde a violência é a chave das relações”.