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FÓRUM URBANO MUNDIAL – Pólis e FNRU realizam treinamento sobre implementação do direito à cidade em Medelín

10/04/2014

O 7º Fórum Urbano Mundial, da ONU – Habitat aconteceu entre os dias 5 e 11 de Abril, em Medelín, Colômbia. Participantes vieram de mais de 60 países para ver e participar de uma série de oficinas, painéis e palestras sobre o tema, “Cidades para Vida- Equidade Urbana e Desenvolvimento”. Várias entidades afiliadas com o Fórum Nacional de Reforma Urbana participaram no evento.

O FNRU, junto com a HIC e o Instituto Pólis, facilitou uma oficina de capacitação para de 100 pessoas sobre o direito à cidade, compartilhando experiências positivas e recentes nas gestões municipais de São Paulo e Bogotá. Entre os destaques citados durante a oficina vale mencionar a política agressiva de re-densificação em Bogotá, com o objetivo de que mais habitantes residam próximos das suas áreas de trabalho, e a Lei Municipal 15.234, de 2010, de São Paulo, que regulariza os instrumentos de parcelamento, edificação o utilização estipulados no Estatuto da Cidade de 2001.

Durante a oficina foi lançado o manual de capacitação do direito à cidade. O treinamento foi realizado por Alvaro Sanchez, professor na Universidade de Sevilha, na área de direito ambiental e urbanístico, Edesio Fernandes, especialista em direito urbanístico, Lorena Zaratte, presidente do Habitat International Coaliton, Giovani Alegretti, membro do Comitê de Inclusão Social, Democracia Participativa e Direitos Humanos / United Cities and Local Governments (UCLG), Nelson Saule Júnior, especialista em direito urbanístico e coordenador do Instituto Pólis e do Fórum Nacional de Reforma Urbana, e Paulo Romeiro, especialista em direito urbanístico do Instituto Pólis.

ACESSE AQUI O MANUAL DE CAPACITAÇÃO DO DIREITO À CIDADE
Em 2010, o FNRU ajudou coordenar um evento alternativo para o 5º Fórum Urbano Mundial no Rio de Janeiro, chamado o Fórum Social Urbano. Ele foi um grande sucesso, com uma palestra de abertura de David Harvey e uma assembléia popular que resultou na formação dos comitês populares da copa. Em Medelín, movimentos sociais também montaram um Fórum Social Urbano, para criar um espaço alternativo ao oficial do ONU para debate e troca de conhecimento. Marcos Landa, do Movimento Nacional de Luta por Moradia, participou.

“Uma caminhada foi programada pelo pessoal do FSU para mostrar descontentamento com os governos,” disse Landa. “Eu participei junto com lideranças do UNMP, CMP e Conam, mais nós não conseguimos convencer as lideranças dos movimentos sociais dos outros países presentes no Fórum Urbano Mundial a participar. Na minha opinião isso foi um ponto negativo, porque mostrou um recuo comparado com o FSU no Rio de Janeiro em 2010 quando todo mundo foi para as ruas. Mas por outro lado, chamou muita atenção o grande número de jovens, que participaram na caminhada e no FSU. Havia muitos juvens mesmo!”

De volta a Recife, depois da participação no Fórum Mundial Urbano, Socorro Leite, diretora-executiva de Habitat para Humanidade Brasil, falou que apesar de ter um sentimento que os avanços práticos na luta para o direito à cidade ainda são muito pequenos, ficou satisfeita com o evento. “Encontros como esses são importantes no fortalecimento das articulações e da troca de experiências entre países, além de serem espaços de posicionamento da agenda pelo direito à cidade.”


Nelson Saule Jr

Organizadores
Instituto Pólis, Fórum Nacional de Reforma Urbana, Habitat International Coalition, Commissão em Inclusão Social, Democracia Participativa e Direitos Humanos – UCLG United Cities and Local Governments

Apoio: Fundação Ford