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Funk, pixação e literatura periférica são temas de Seminário na USP Leste

29/11/2012

O Seminário Estudos Culturais e a Cultura Popular Urbana aconteceu nos dias 27 e 28 de novembro na USP Leste.

O evento discutiu expressões culturais das classes populares urbanas, como o funk, a literatura periférica e a pixação. Partindo da perspectiva dos estudos culturais, o seminário destacou reflexões feitas por acadêmicos e praticantes, reconhecendo a relevância social e simbólica destas expressões culturais.

A primeira mesa “Estudos culturais na América Latina e as culturas marginalizadas” ofereceu um panorama sobre como a produção acadêmica dos estudos culturais têm reconhecido e analisado estas culturas, da Colômbia à Argentina, passando pelo Brasil e o Peru. A segunda mesa discutiu o papel do gênero na produção musical do funk do Rio de Janeiro, além do debate sobre como interpretar o funk de ostentação, subgênero do funk muito popular em São Paulo.

No segundo dia, o seminário tratou do panorama da rica e ampla produção literária na periferia de São Paulo e outras regiões metropolitanas, e se essa produção deve ser pensada como periférica, marginal ou divergente. A última mesa debateu a pixação como expressão cultural, reconhecendo, por um lado, seu caráter transgressivo, mas também a sua força expressiva e o seu desenvolvimento como linguagem.

“Eu acho que esse evento é uma rara oportunidade da universidade se debruçar sobre fenômenos culturais que são muito marginalizados, sempre tratados como subculturas ou até mesmo como “não cultura”. Nosso esforço é o de reconhecer a legitimidade e o valor cultural dessas expressões.” afirmou Pablo Ortellado, professor e organizador do evento.

Valmir de Souza, consultor de políticas culturais do Instituto Pólis, esteve presente no evento. Valmir destacou a importância da inclusão das culturas chamadas populares e de seus mestres nas instituições de ensino superior, e citou como exemplo as universidades Unila, UNB e Universidade Javeriana de Bogotá.

 

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