notícias

Secretário de resíduos sólidos de São Francisco, Kevin Drew, fala sobre a implantação do “Resíduo Zero”

09/02/2015

Em 1996 a cidade de São Francisco, localizada na costa oeste dos Estados Unidos, decidiu encarar a destinação de seu lixo de outra maneira. A iniciativa Resíduo Zero, programa responsável pela redução de 80% dos resíduos produzidos no sul da Califórnia, mostrou aos americanos que é possível reaproveitar seus dejetos enviados aos aterros sanitários em diversas cadeias produtivas de sua sociedade.

São Francisco alcançou esse percentual a partir da implementação de métodos que reduzem o desperdício e aumentam o acesso à reciclagem e compostagem. Evitando a produção de resíduos, dando seus devidos encaminhamentos e oferecendo um tratamento seguro aos produtos tóxicos, a cidade consegue transferir 1,6 dos 2 milhões de resíduos para a reutilização.

Esses resultados, no entanto, foram fruto de um trabalho duro. Consumidores, fabricantes, estudiosos e até mesmo as crianças matriculadas nas instituições de ensino da cidade tiveram que passar por uma forte campanha de educação e conscientização para que São Francisco fosse capaz de salvar mais de 2,7 milhões de metros cúbicos de espaço nos aterros sanitários da região. O objetivo principal dessas campanhas é reduzir o desperdício, incentivar a reciclagem e, principalmente, disseminar o conceito de responsabilidade compartilhada, fazendo com que todos os cidadãos participem do sistema.

Para trazer esse assunto até o Brasil, o secretario de resíduos sólidos da prefeitura da São Francisco, Kevin Drew, participou do seminário “Resíduo Zero e Captura de Carbono: coleta seletiva, reciclagem e compostagem” promovido em janeiro último pela Aliança Resíduo Zero Brasil, da qual o Instituto Pólis faz parte. Durante a reflexão sobre o nosso relacionamento com os resíduos sólidos e a destinação que planejamos pra eles, Kevin contou em uma entrevista ao Pólis sobre o programa, sua implementação, o longo caminho percorrido por São Francisco e se mostrou esperançoso diante dos próximos desafios a serem enfrentados pela “cidade modelo”. Confira a entrevista nesse link.

Créditos da imagem: Flickr/Trey Ratcliff