Social and Solidary Economy, Land Development and New Paradigms of Production and Consumption: is another development model possible?
Aborda experiências de desenvolvimento local e novos paradigmas de produção e consumo.
Aborda experiências de desenvolvimento local e novos paradigmas de produção e consumo.
No Brasil existe, historicamente, uma enorme tendência à disseminação e aceitação acrítica de novidades. O microcrédito, que muitos insistem em chamar de microfinanças, talvez seja a mais recente. Atribuem-se-lhe poderes quase miraculosos, capazes de tornar um cidadão desempregado, ou até mesmo situado abaixo da linha de pobreza, em um empreendedor desde que, claro, devidamente educado por nós que somos cultos e letrados e, portanto, capazes de transmitir todos os conhecimentos necessários para tanto. Intentaremos, desde já, aclarar algumas imprecisões para, em seguida, fazermo-nos entender em nossas proposições. Análise de Idalvo Toscano.
Parecem semelhantes, mas microcrédito e microfinanças são substancialmente diferentes, uma vez que o primeiro reduz-se a conceder crédito a determinados grupos sociais, enquanto microfinanças possibilitam a captação de poupança e prestação de vários outros serviços financeiros, tais como seguros, além da possibilidade de transferir dinheiro para outras localidades por parte das instituições financeiras. Com o acesso a crédito e aos instrumentos de microfinanças, as famílias tornam-se empreendedoras podendo investir de acordo com suas prioridades, planejando seu futuro de acordo com suas possibilidades.
A pesquisa “Aspectos Econômicos do Desenvolvimento Local” tem como objetivo contribuir para o entendimento das iniciativas locais de intervenção em termos de seus aspectos econômicos para o desenvolvimento, de forma a orientar atores sociais -tanto no âmbito estatal, quanto no das organizações da sociedade civil- na sua atuação para promoção do desenvolvimento local por meio de atividades diretamente ligadas à intervenção junto às cadeias produtivas, à produção de riquezas, às dinâmicas econômicas locais e aos elementos que constituem o “entorno do desenvolvimento econômico”, ou seja, as políticas públicas que possuem um imediato efeito por incidirem diretamente sobre pré-condições ou fatores críticos para a atividade econômica. Pretende-se, com isso, constituir um acúmulo de conhecimento que possa ser utilizado para fortalecer essas intervenções de modo a permitir transformações efetivas nas condições econômicas locais.
Esse trabalho é composto por três partes: introdução; programas de microcrédito; e conclusão. Na introdução é feita uma apresentação das causas do desemprego e das principais alternativas de enfrentamento dessa realidade. Ainda na introdução as políticas de microcrédito são abordadas como políticas sociais e públicas. Na Segunda parte do texto, apresenta-se, num primeiro momento, um histórico das instituições de crédito popular ou solidário surgido tanto nas hostes do Estado quanto nas hostes da própria comunidade, desde a antigüidade, passando pela idade média, e desembocando no período mais recente com as experiências de Bangladesh, América Latina e, especificamente, Brasil. Ainda na Segunda parte, são apresentadas as principais características de nove programas de microcrédito brasileiros executados no âmbito local. Finalmente, na conclusão, os programas de microcrédito são vistos como políticas locais bem sucedidas para combater o desemprego, principalmente quando são desenvolvidas juntamente com outros programas paralelos.
Instituição de crédito voltada para empreendimentos excluídos do mercado financeiro convencional ajuda a gerar emprego e renda no município e a promover o desenvolvimento local. Descreve a implantação, a estrutura, a prática de operação e os resultados da Instituição Comunitária de Credito – Portosol, criada pela Prefeitura de Porto Alegre, com o objetivo de promover a geração de emprego e distribuição de renda.
A temática do desenvolvimento local tornou-se objeto de amplo debate e impulsionou iniciativas em diversas localidades a partir dos anos 90. Todavia, faltam ainda avaliações e reflexões mais apuradas a respeito dos alcances e limites dessas experiências. Neste sentido, a Fundação Friedrich Ebert (FES)/ILDES e o Instituto Pólis vêm pesquisando os aspectos econômicos das experiências de desenvolvimento local, com a intenção de colaborar na orientação de atores sociais na sua atuação para a promoção do desenvolvimento local. Esta publicação é o resultado de uma primeira rodada de pesquisas, debates e sistematização em torno do tema, revelando uma compreensão de desenvolvimento com múltiplas dimensões, tornando indissociáveis os aspectos econômico, social, político, ambiental e cultural.