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Pólis dá início ao curso Cidadania Alimentar e Agricultura Urbana

24/03/2011

 

Com a presença de 35 alunos, a aula desta semana do curso de agroecologia realizado pelo Instituto Pólis enfocou as diferentes tecnologias de captação e tratamento da água, bioconstrução, energia solar e produção agroecológica de alimentos propostas pela Permacultura.

Concebida na década de 1970 pelo austríaco Bill Mollison, a visão sistêmica da permacultura baseia-se nos princípios do:

– cuidado com a terra (solo, florestas e água);
– cuidado com as pessoas ( de si mesmo, do outro e da comunidade);
– partilha justa ( estabelecer limites ao consumo e redistribuição dos recursos)

Após a parte teórica, os alunos provaram o lanche oferecido por alunos do curso “Lanche Saudável”, que acontece simultaneamente, no espaço do CRSANS, onde tiveram a oportunidade de experimentar o suco de abacaxi com couve, bolo de banana e geléia de casca de maracujá.

Na aula prática, a turma dividiu-se em grupos para aprender a fazer a “tinta de terra”.

Enquanto um grupo peneirava a terra, outros foram lixar as telhas que servem de suporte à horta e o terceiro grupo foi misturar a cola e a água nos baldes. Segundo a coordenadora do projeto Christiane Costa, “em clima de muita animação, o grupo vibrou quando pode ver as duas cores de tintas, produzidas a partir de diferentes amostras de solos, retirados da própria localidade”.

O curso acontece no âmbito do Projeto “Cidadania Alimentar e Agricultura Urbana”, financiado pelo Fundo Especial do Meio Ambiente (FEMA ) da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente.

Receita de tinta natural da terra 

Ingredientes:

1 parte de terra peneirada;
½ de cola branca;
½ de água

Modo de preparo: 

– Colocar a água em um balde ou lata e misturar com a cola, enquanto a terra é peneirada.
Em seguida, ir acrescentando a terra na mistura, sempre mexendo com um cabo de vassoura.
Depois é só pintar ! Essa tinta pode durar até 7 dias. Caso ela engrosse, pode-se acrescentar um pouco de água para diluir a sua consistência.

Durante a aula foi lembrada uma frase da antropóloga Margareth Mead:

“Nunca duvide da capacidade de um pequeno grupo de dedicados cidadãos para mudar os rumos do planeta. Na verdade, eles são a única esperança de que isso possa acontecer.”