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a pandemia nas periferias de sp

27/05/2020

O contágio da covid-19, que antes parecia estar restrito aos que viajaram ao exterior, e nas classes média/alta, passou a se disseminar pelas periferias paulistanas. De acordo com os dados oficiais, o número de mortes decorrentes da covid-19 são maiores nas regiões periféricas de São Paulo.

As periferias enfrentam precariedades que aumentam diretamente a letalidade frente à contaminação. As aglomerações são oriundas das condições habitacionais e do deslocamento casa-trabalho. As condições de higienização ficam comprometidas com a ausência de saneamento básico, e por fim o atendimento insuficiente dos equipamentos de saúde agravam o quadro dos pacientes.⠀⠀⠀

Antes que as pessoas virem números, precisamos dizer quem são esses corpos. Dados do Ministério da Saúde apontam que 23% (menos de um quarto) das pessoas internadas com síndrome aguda respiratória grave são negras (pretas e pardas). Mas a quantidade de pessoas negras que morrem por covid-19 é de 33% (quase um terço!).

Baseado nos poucos dados que são publicados e apesar das subnotificações, construímos uma sequência de mapas que mostram o movimento da pandemia em direção a bairros periféricos da capital paulista, assim como a sua relação com outros aspectos territoriais. Confira abaixo a arte final e siga-nos nas redes sociais (facebook, twitter e instagram) para acompanhar as atualizações nas publicações futuras. 

 

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Fontes:

  • os dados sobre contágio e óbitos são da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo.
  • *áreas onde a parcela da população negra (preta e parda) é maior que a média municipal de cerca de 35% (IBGE, Censo 2010)
  • ** o índice de saneamento (contabilizando água encanada e esgoto esgoto) está abaixo da média municipal de cerca de 77% (IBGE, Censo 2010)
  • *** indicador publicado pela Rede Nossa São Paulo no Mapa da Desigualdade 2019