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É possível ser vegano/a na quebrada?

22/08/2016

do Pontão de Convivência e Cultura de Paz

Leia na íntegra a matéria sobre como o vegetarianismo/veganismo está ganhando espaço nas periferias de São Paulo

Os produtos sem carne ou derivados que substituem nutrientes da carne e do leite  costumam ser encontrados nos mercados por um preço acima dos outros alimentos. O leite vegetal pode chegar a ser vendido pelo triplo do preço do leite animal. Para as populações das periferias, adaptar-se a essa alimentação pode parecer impensável. Mas os/as moradores/as de regiões periféricas da cidade de São Paulo estão mostrando como essa visão sobre a alimentação vegetariana ou vegana está sendo desconstruída com as dezenas de possibilidades de receitas, os benefícios para a saúde e a recuperação e preservação do meio ambiente. Retira-se carne e seus derivados, ganha-se em criatividade para pensar novas combinações de alimentos.

Motivos para diminuirmos o consumo de carne não faltam. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), somente no ano de 2015 foram produzidos 318,7 bilhões de toneladas de carne. Isso causa impactos no meio ambiente e nos recursos hídricos. Sem contar com a saúde dos/as consumidores/as de carne. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o risco de câncer aumenta significativamente a partir da alimentação carnívora.

Então, é possível ser vegana/o na quebrada? Para Vander Clementino Guedes, morador de Ermelino Matarazzo, na Zona Leste, é possível residir na periferia e ser vegetariano/a ou vegano/a. “Existem muitas outras fontes de energia em outros alimentos, assim como de produtos derivados da soja. Ser vegano nas periferias não é algo surreal. O que falta é informação”, pontua. Já a jovem Tais Aparecida, moradora do Jardim Raposo Tavares, Zona Oeste, afirma que “a nossa cultura incentiva cada vez mais o consumo de carne numa lógica de que necessitamos dela para sobreviver”.

Leia a matéria na íntegra através do site do Pontão de Convivência e Cultura de Paz do Instituto Pólis

Foto destacada: Kamuky Moyshy