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Jovens monitores discutem políticas públicas de juventudes da cidade de São Paulo

26/02/2015

Dando continuidade à formação do Programa Jovem Monitor Cultural (PJMC), no dia 02 de fevereiro foi abordada a experiência das políticas culturais de juventudes da cidade de São Paulo, tais como o Programa para a Valorização de Iniciativas Culturais (VAI) (modalidades 1 e 2), o Centro Cultural da Juventude (CCJ), entre outros.

A atividade contou com a presença de Alexandre Piero, diretor do CCJ, e Eleilson Leite, coordenador da área cultural da ONG Ação Educativa.

“Na cidade de São Paulo, se formos pensar em política pública de cultura para juventude, seu início é em 2004, com a criação do VAI. Posteriormente vem o CCJ, em 2006, e outras políticas como o VAI 2, o programa Agente Comunitário de Cultura, e o próprio PJMC. Estamos numa construção muito nova das políticas culturais para a juventude”, analisa Luiz Barata, coordenador executivo do PJMC no Instituto Pólis.

Criado pela Lei Municipal 14.968/09 e o Decreto Municipal 51.121/09, o PJMC visa a formação teórica e prática de jovens entre 18 e 29 anos, que atuam no atendimento, produção e difusão da cultura municipal em equipamentos públicos culturais da cidade de São Paulo. O programa é coordenado pela SMC por meio do CCJ. Durante um ano, os jovens monitores participarão de formações teóricas e práticas sobre gestão, produção e programação cultural.

De acordo com Alexandre Piero, o número de inscritos nos editais do PJMC vem crescendo todos os anos. Normalmente em torno de 300 pessoas se inscreviam. Em 2013, com a chegada da nova gestão do CCJ, o número subiu para 700. Atualmente, com a expansão do programa para outros equipamentos culturais, se inscreveram mais de 2.500 pessoas. “A procura por esse tipo de experiência é muito grande”, disse.

“Tenho certeza que hoje, com a Ação Educativa e o Instituto Pólis, estamos construindo o programa com duas organizações que são fortes. Seja pelo histórico de produção acadêmica, de apoio e suporte aos coletivos e ativistas das organizações, seja pelo currículo da equipe que está engajada. Isso é muito bom pra quem é do poder público e pra quem está no programa. É uma experiência que temos que valorizar”, disse Piero.

Inicialmente o programa foi um a prestação de serviço pelo Instituto Tomie Ohtake, com a participação de 27 jovens, inspirando o surgimento de legislação aprovada e regulamentado em 2009. O CCJ implantou e difundiu o programa nos moldes da legislação a partir de 2013, ano ​em que a ONG Ação Educativa assumiu a formação teórica do programa.

Atualmente, a Ação Educativa realiza a formação teórica de 123 jovens monitores que atuam no CCJ, nas bibliotecas municipais, no Museu da Cidade e no Arquivo Histórico. O Instituto Pólis realiza a formação teórica de 58 jovens que atuam em centros culturais, teatros distritais e gabinete da SMC. Futuramente mais 50 jovens atuarão nas casas de cultura.

Para Eleilson, o PJMC reforça o sentido de política pública. “O programa é uma ação muito importante, mas que se ele não tiver um cuidado de ser avaliado e melhorado, de ouvir os próprios jovens, pode se perder e não ter continuidade”, acrescentou.

“Quem mais ganha com esse programa é a população, pois a presença dos jovens ajuda a dinamizar os equipamentos culturais. A presença dos jovens revigora, dá energia, dá força. Para alguns equipamentos, dá vida. A população ganha, as políticas culturais ganham e as pessoas começam a ver os equipamentos culturais de outra forma”, completou Eleilson.

Avaliação do programa

No mesmo dia, os jovens monitores culturais realizaram uma avaliação sobre o PJMC. Eles sistematizaram em painéis os potenciais, os desafios e as propostas para a formação teórica e produziram intervenções artísticas de acordo com a proposta.