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três perguntas para a ONG aromeiazero

22/09/2020

A partir do olhar transformador que a mobilidade diversa pode trazer à sociedade, a  ONG Aromeiazero desenvolve projetos sociais, educacionais e culturais para tornar os territórios menos desiguais e mais resilientes. No Dia Mundial sem Carro, conversamos com eles para entender como a bicicleta pode promover mudanças no modo de vida das pessoas e também das cidades. Confira:

 

1- Vocês  se definem a favor da mobilidade, arte urbana, qualidade de vida e inovação social, principalmente com bicicletas . Como essa ideia nasceu? Vocês podem contar um pouco de como surgiu esta ONG e qual o seu propósito ?

O Aro surgiu da ideia de 4 amigos que viram na bicicleta uma forma de falar com o maior número de pessoas, sobre um grande número de causas, com diferentes abordagens. Muita coisa mudou nesses 9 anos, mas o propósito segue sendo a busca por cidades mais resilientes e menos desiguais. E fazer isso de uma forma criativa e priorizando a diversidade, para chegar em quem não pedala.

O Aromeiazero conduz o Festival Bike Arte Gira um principais eventos, focados em mobilidade, cultura periférica e arte urbana, com o formato online  ofereceu aos internautas, de forma gratuita, dois festivais e 24 oficinas temáticas para incentivar a cultura da bicicleta e a ocupação das ruas, de forma sustentável.

Neste último domingo 20/09 o festival encerrou, com uma programação carregada de muita poesia, música, arte, shows,  intervenções artísticas e urbanas, dicas sobre fotografia e artes plásticas, que quem não teve a oportunidade de participar ainda pode conferir no youtube.

 

fotos por Elaine Vital Marciano

 2 – Dia 22 de setembro é comemorado o dia sem carro que visa  estimular uma reflexão sobre o uso excessivo do automóvel, além de propor às pessoas que dirigem todos os dias que revejam a dependência que criaram em relação ao carro ou moto. Nesta perspectiva qual seria a cidade do futuro sonhada para o @aromeiazero?

Sonhamos com uma cidade democrática, acessível e feita por todas as pessoas que moram nela. Com mais negócios de bicicleta nas e das periferias, mais bikes compartilhadas nas quebradas, mais pessoas trabalhando e gerando renda com bicicleta em condições dignas, e também de maior ocupação das ruas para além da mobilidade, com territórios mais criativos e valorizados. Sonhamos também com uma super ciclovia que ligue toda a costa brasileira, que também não seria nada mal.

 

3 – Poderiam nos dar dicas para quem quer começar a usar bicicleta como meio de transporte  ou indicações culturais relacionadas a mobilidade para quem se interessa pelo direito à cidade ?

Nossa dica é começar a pedalar antes de gastar um monte de grana com isso. Bicicleta é algo simples, mas no Brasil, pela alta carga tributária na bike, ela é muito cara. Então, bicicletas compartilhadas, alugadas ou emprestadas são uma ótima forma de começar. Escolha um rua tranquila perto de casa ou um parque, e comece a pedalar. Lembre-se de respeitar os pedestres, de estar com a mecânica em dia (a bicicletaria do seu bairro será sua melhor amiga) e começar aos poucos, respeitando os limites do seu corpo. Vale a pena, também, curtir toda a programação do Bike Arte Gira (aromeaizero.org.br/bikeartegira), para conhecer mais a cultura da bicicleta e outras dicas.