Prefeitura de SP é reconhecida internacionalmente por projetos relacionados à cadeia de alimentos
O Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional foi elogiado pela ONU. Outro projeto da gestão municipal ganhou o primeiro prêmio de inovação Michael Bloomberg
No 43º encontro do Comitê de Segurança Alimentar Mundial da ONU, realizado pelas Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (Food and Agriculture Organization, FAO), a coordenadora da área de Segurança Alimentar e Nutricional do Instituto Pólis e presidente do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, o COMUSAN, Christiane Costa apresentou o Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de São Paulo para o Diretor Geral da FAO, José Graziano a fim de apresentar as práticas realizadas na capital paulista após o processo de mobilização da sociedade civil em torno da pauta de Segurança Alimentar e Nutricional.
Em resposta, o representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic, parabenizou em carta o prefeito Fernando Haddad pelas iniciativas tomadas em conjunto com a sociedade civil, como a Lei 16.140/2016, a qual obriga que 30% da alimentação escolar seja proveniente da agricultura familiar. “A FAO felicita o prefeito Fernando Haddad, o Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, a Câmara Municipal e a população da cidade de São Paulo por (…) importantes iniciativas em prol da garantia do Direito Humano à Alimentação Adequada e da Segurança Alimentar e Nutricional”, destacou.
No entanto, Christiane alerta que tal iniciativa pode sofrer graves mudanças caso o projeto do prefeito eleito João Dória (PSDB) de terceirizar a merenda das escolas se concretize, já que o setor privado não tem o dever de comprar da produção familiar.
Bojanic ainda fez saudações ao Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, o qual estabelece diretrizes para a formulação e implementação de programas e projetos acerca do direito à alimentação saudável e de qualidade na cidade de São Paulo.
Outro reconhecimento internacional da Prefeitura de SP na gestão Haddad foi o prêmio Michael Bloomberg com o projeto “Agriculturas Paulistanas”, que criou uma plataforma digital para conectar agricultores rurais orgânicos da cidade com restaurantes e mercados. Para Ermínia Maricato, professora universitária e ex-secretária executiva do Ministério das Cidades do governo federal, “Além de dar uma saída aos produtos orgânicos dos produtores paulistanos a proposta dá às terras da zona sul de São Paulo outro destino, que não a ocupação predatória e ilegal dos loteamentos clandestinos, como vem acontecendo há mais de 50 anos. A produção rural orgânica é coerente com a região que é produtora de água. O uso alternativo, agricultura orgânica e turismo gastronômico, conferindo outra finalidade econômica para essas terras, podem assegurar um futuro mais sustentável”, termina.
O prêmio foi de 5 milhões de dólares para investimento na agricultura e em pequenos negócios. O projeto vencedor teve a participação da sociedade civil, principalmente por meio do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, e das Secretarias do Trabalho, da Coordenadoria de Segurança Alimentar e Nutricional e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano.
Confira a carta da ONU na íntegra:
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