Esse vídeo é um produto do Projeto “Moradia Urbana com Tecnologia Social” realizado por meio da parceria entre a Fundação Banco do Brasil, o Instituto Polis e as organizações locais de várias partes do país, para a implantação de hortas comunitárias nos empreendimentos do Programa Minha Casa Minha Vida.
Confira os resultados, em diferentes dimensões, que a execução da Tecnologia Social ‘Hortas Urbanas’ vem apresentando, nos depoimentos dos moradores e moradoras dos empreendimentos visitados.
A iniciativa vem se destacando como uma estratégia importante para ampliação do acesso aos alimentos, principalmente , frutas, legumes e verduras; como incentivo a uma maior sociabilidade; além do desenvolvimento de relações entre lazer, cultura, saúde e nutrição , revitalizando espaços públicos e difundindo a agroecologia.
Para conhecer mais sobre o Projeto Hortas Urbanas, acesse o site.
Esse vídeo é um produto do Projeto “Moradia Urbana com Tecnologia Social” realizado por meio da parceria entre a Fundação Banco do Brasil, o Instituto Polis e as organizações locais de várias partes do país, para a implantação de hortas comunitárias nos empreendimentos do Programa Minha Casa Minha Vida.
Confira no vídeo os resultados, em diferentes dimensões, que a execução da Tecnologia Social ‘Hortas Urbanas’ vem apresentando, nos depoimentos dos moradores e moradoras dos empreendimentos visitados.
A iniciativa vem se destacando como uma estratégia importante para ampliação do acesso aos alimentos, principalmente , frutas, legumes e verduras; como incentivo a uma maior sociabilidade; além do desenvolvimento de relações entre lazer, cultura, saúde e nutrição , revitalizando espaços públicos e difundindo a agroecologia.
Para conhecer mais sobre o Projeto Hortas Urbanas, acesse o site.
Durante dois anos a área de Segurança Alimentar do Instituto Pólis atuou no projeto ‘Moradia Urbana com Tecnologia Social’ no âmbito da ‘Produção Agroecológica de Alimentos em Meio Urbano’.
O projeto foi realizado em parceria com a Fundação Banco do Brasil, pelo Programa Nacional de Habitação Urbana, nos empreendimentos da Minha Casa Minha Vida.
O trabalho envolveu a implantação de hortas e pomares urbanos agroecológicos em empreendimentos nos diversos estados brasileiros.
Muitos registros culminaram na produção de um vídeo que está sendo finalizado e na Cartilha “Hortas Urbanas” disponível no link: https://goo.gl/p7swxD
Confira aqui um pequeno registro da transformação de hortas e pomares urbanos .
O Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional foi elogiado pela ONU. Outro projeto da gestão municipal ganhou o primeiro prêmio de inovação Michael Bloomberg
No 43º encontro do Comitê de Segurança Alimentar Mundial da ONU, realizado pelas Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (Food and Agriculture Organization, FAO), a coordenadora da área de Segurança Alimentar e Nutricional do Instituto Pólis e presidente do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, o COMUSAN, Christiane Costa apresentou o Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de São Paulo para o Diretor Geral da FAO, José Graziano a fim de apresentar as práticas realizadas na capital paulista após o processo de mobilização da sociedade civil em torno da pauta de Segurança Alimentar e Nutricional.
Em resposta, o representante da FAO no Brasil, Alan Bojanic, parabenizou em carta o prefeito Fernando Haddad pelas iniciativas tomadas em conjunto com a sociedade civil, como a Lei 16.140/2016, a qual obriga que 30% da alimentação escolar seja proveniente da agricultura familiar. “A FAO felicita o prefeito Fernando Haddad, o Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, a Câmara Municipal e a população da cidade de São Paulo por (…) importantes iniciativas em prol da garantia do Direito Humano à Alimentação Adequada e da Segurança Alimentar e Nutricional”, destacou.
No entanto, Christiane alerta que tal iniciativa pode sofrer graves mudanças caso o projeto do prefeito eleito João Dória (PSDB) de terceirizar a merenda das escolas se concretize, já que o setor privado não tem o dever de comprar da produção familiar.
Bojanic ainda fez saudações ao Plano Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, o qual estabelece diretrizes para a formulação e implementação de programas e projetos acerca do direito à alimentação saudável e de qualidade na cidade de São Paulo.
Outro reconhecimento internacional da Prefeitura de SP na gestão Haddad foi o prêmio Michael Bloomberg com o projeto “Agriculturas Paulistanas”, que criou uma plataforma digital para conectar agricultores rurais orgânicos da cidade com restaurantes e mercados. Para Ermínia Maricato, professora universitária e ex-secretária executiva do Ministério das Cidades do governo federal, “Além de dar uma saída aos produtos orgânicos dos produtores paulistanos a proposta dá às terras da zona sul de São Paulo outro destino, que não a ocupação predatória e ilegal dos loteamentos clandestinos, como vem acontecendo há mais de 50 anos. A produção rural orgânica é coerente com a região que é produtora de água. O uso alternativo, agricultura orgânica e turismo gastronômico, conferindo outra finalidade econômica para essas terras, podem assegurar um futuro mais sustentável”, termina.
O prêmio foi de 5 milhões de dólares para investimento na agricultura e em pequenos negócios. O projeto vencedor teve a participação da sociedade civil, principalmente por meio do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, e das Secretarias do Trabalho, da Coordenadoria de Segurança Alimentar e Nutricional e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano.
Especialistas criticam e alertam a participação crescente do setor privado em questões de Segurança Alimentar e Nutricional no mundo
Com a recessão econômica, a população de vários países recorrem a alternativas sustentáveis de compras alimentícias como uma alternativa mais barata. Segundo um estudo realizado esse ano por uma empresa que analisa tendências de consumo, no Brasil, 25% dos consumidores preferem refrigerantes em garrafas de vidro reutilizáveis porque custam menos que as de plástico. Porém, para Christiane Araújo Costa, coordenadora de Alimentação e Segurança Alimentar do Instituto Polis, e Fábio Gomes, assessor regional em nutrição e atividade física da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS), há grandes conflitos de interesse entre a indústria alimentícia e a garantia de uma alimentação saudável e sustentável.
Fábio afirma que “se o objetivo da empresa é vender refrigerante e o da saúde é reduzir o consumo de bebidas açucaradas, não há como estabelecer uma parceria”. Christiane lembra que durante o 43º encontro do Comitê de Segurança Alimentar Mundial da ONU foi realizada, pela sociedade civil, uma crítica à crescente participação do setor privado no evento.
Na última quinta-feira, dia 27 de outubro, aconteceu o lançamento da Aliança Pela Alimentação Adequada e Saudável, uma associação de organizações sociais, entre elas o Instituto Pólis, que têm por objetivo garantir o acesso a uma alimentação saudável e de qualidade e a segurança alimentar e nutricional, combatendo, assim, doenças crônicas decorrentes da má nutrição. Acesse a íntegra da Carta de Apresentação.
Confira mais sobre a Aliança e saiba como participar da mobilização no site www.alimentacaosaudavel.org.br,Aliança Pela Alimentação Adequada e Saudável, Alimentação Alternativa, Alimentação Infantil, Alimentação Saudável, Consumo alimentar, Direito Humano à Alimentação, Nutrição, Segurança Alimentar e Nutricional,,
Aliança contra a insegurança alimentar vem em contexto em que 7.2 milhões ainda passam fome
Na última quinta-feira, dia 27 de outubro, aconteceu o lançamento da Aliança Pela Alimentação Adequada e Saudável, uma associação de organizações sociais, entre elas o Instituto Pólis, que têm por objetivo garantir o acesso a uma alimentação saudável e de qualidade e a segurança alimentar e nutricional, combatendo, assim, doenças crônicas decorrentes da má nutrição.
O evento de lançamento contou com um bate-papo com a nutricionista Elisabetta Recine, o ciclista e advogado Marcelo Sgarbossa, o agrônomo Leonardo Melgarejo, a jornalista Anna Monteiro, a coordenadora executiva do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) Elici Bueno e da iretora executiva da Aliança de Controle do Tabagismo (ACT) Paula Johns.
Segundo dados do IBGE de 2013, apenas 105.180 pessoas com 18 anos ou mais comem feijão regularmente, e somente 54.521 consomem o recomendado de frutas e hortaliças. Na mão contrária, o consumo de alimentos açucarados, industrializados e processados só aumenta. Se de um lado, há a escassez de alimentos saudáveis, de qualidade e orgânicos, do outro se consome alimentos de baixa qualidade. É nesse contexto que nasce a Aliança Pela Alimentação Adequada e Saudável, no sentido de aproximar esses dois extremos alimentares numa rotina alimentar equilibrada, prevenindo doenças como a obesidade e a desnutrição.
Apesar de programas como o Bolsa Família e Brasil sem Miséria terem contribuído para que o país saísse do mapa da fome da ONU em 2014, o IBGE calculou em 2013 que ainda 52,05 milhões sofriam algum tipo de insegurança alimentar, dos quais 7.2 milhões passavam fome.
Segundo a Aliança, ações de empresas agro-industriais que concentram influência política e econômica, a concentração de terra, o modelo de produção agro-industrial massivo e afins tiram de vista a produção agrícola familiar e orgânica e a sociobiodiversidade alimentar, ou seja, a cultura por trás das práticas alimentares. De acordo com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), entre 2010 e 2014, 6 milhões de hectares se juntaram às mãos de grandes proprietários, o que equivale ao triplo do território do estado de Sergipe.
A Aliança atuará em 9 eixos: 1) promoção, proteção e apoio aos saberes e práticas convergentes com a alimentação adequada e saudável; 2) promoção, proteção e apoio à amamentação e à alimentação complementar saudável; 3) fortalecimento da agroecologia e da agricultura familiar; 4) efetivação da proibição da publicidade dirigida ao público infantil; 5) restrição da publicidade de alimentos ultraprocessados; 6) melhoria da informação nos rótulos de alimentos; 7) aprovação de medidas fiscais promotoras da alimentação adequada e saudável; 8) promoção, proteção e apoio à alimentação adequada e saudável em ambientes institucionais, especialmente nas escolas; 9) monitoramento e exposição de práticas e políticas que estimulem condutas alimentares nocivas à saúde e que comprometam o sistema e a soberania alimentar dos brasileiros.
Faça o download da publicação que discute o acesso à alimentação saudável e de qualidade na Baixada Santista
Sistemas Municipais de Segurança Alimentar e Nutricional – Estágio de implantação nos municípios da Baixada Santista é uma publicação do Observatório Litoral Sustentável que procura levantar o debate do acesso à uma alimentação saudável de qualidade na Baixada Santista. A Agenda de Desenvolvimento Sustentável do Observatório coloca o Sisan como uma das ferramentas necessárias para a inclusão social e para o processo de democratização do território, uma vez que aproxima consumidor do produtor.
Além de explicar quais são as consequências de uma insegurança alimentar, a qual passa desde a desnutrição até a ingestão excessiva de açúcares e alimentos gordurosos, a publicação também apresenta o que é o Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), instituído pela Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional. Assim como o Sistema Único de Saúde (SUS) e com o Sistema Único da Assistência Social (SUAS), o Sisan organiza a Política e os Planos de Segurança Alimentar e Nutricional, definindo os objetivos, os eixos e setores de atuação na sociedade.
A publicação também conta com um mapa interativo que compõe o sistema municipal de segurança alimentar e nutricional na Baixada Santista, o qual indica, por exemplo, feiras livres e feiras de agricultores ou pescadores artesanais. Nela, são apresentados balanços e perspectivas do Sisan na Baixada Santista, apresentando por exemplo se cada cidade possui programas de educação alimentar e nutricional, o número de pescadores artesanais e agricultores no município, se participa do Programa de Aquisição de Alimentos e outras informações referentes a segurança alimentar e nutricional.
Leia na íntegra a matéria sobre como o vegetarianismo/veganismo está ganhando espaço nas periferias de São Paulo
Os produtos sem carne ou derivados que substituem nutrientes da carne e do leite costumam ser encontrados nos mercados por um preço acima dos outros alimentos. O leite vegetal pode chegar a ser vendido pelo triplo do preço do leite animal. Para as populações das periferias, adaptar-se a essa alimentação pode parecer impensável. Mas os/as moradores/as de regiões periféricas da cidade de São Paulo estão mostrando como essa visão sobre a alimentação vegetariana ou vegana está sendo desconstruída com as dezenas de possibilidades de receitas, os benefícios para a saúde e a recuperação e preservação do meio ambiente. Retira-se carne e seus derivados, ganha-se em criatividade para pensar novas combinações de alimentos.
Motivos para diminuirmos o consumo de carne não faltam. Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), somente no ano de 2015 foram produzidos 318,7 bilhões de toneladas de carne. Isso causa impactos no meio ambiente e nos recursos hídricos. Sem contar com a saúde dos/as consumidores/as de carne. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o risco de câncer aumenta significativamente a partir da alimentação carnívora.
Então, é possível ser vegana/o na quebrada? Para Vander Clementino Guedes, morador de Ermelino Matarazzo, na Zona Leste, é possível residir na periferia e ser vegetariano/a ou vegano/a. “Existem muitas outras fontes de energia em outros alimentos, assim como de produtos derivados da soja. Ser vegano nas periferias não é algo surreal. O que falta é informação”, pontua. Já a jovem Tais Aparecida, moradora do Jardim Raposo Tavares, Zona Oeste, afirma que “a nossa cultura incentiva cada vez mais o consumo de carne numa lógica de que necessitamos dela para sobreviver”.
Além de disponibilizar produtos com preços baixos, o projeto traz um novo significado para os espaços dos sacolões e mercado municipais
A Prefeitura de São Paulo iniciou no dia 16 de junho desse ano a Quinta da Economia. O projeto nasceu da Secretaria de Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo de São Paulo e estabelece que dezenove pontos de abastecimento da cidade de São Paulo, entre sacolões e mercados municipais, irão vender toda quinta-feira cerca de vinte produtos entre frutas, legumes e verduras por até R$ 2,99. O objetivo do projeto é levar alimentos saudáveis e de qualidade por um preço abaixo do mercado, incluindo, além disso, aquilo que a agricultura familiar produz.
A proposta, que começou a ser discutida em 2013, com o início do projeto de implantação da Política Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, apresentou uma nova visão da função desses lugares, os quais devem fornecer à população produtos de qualidade com preços baixos. Segundo Marcelo Mazeta, coordenador de Segurança Alimentar e Nutricional e membro da SDTE, essa “ressignificação vem para resgatar esse caráter social dos sacolões, o caráter de oferecer alimentos de qualidade por um valor acessível”.
Paralelo a esse projeto de valorização e “ressignificação” dos mercados e sacolões, a Prefeitura de São Paulo também vem ganhando escala com outras iniciativas que atingem os produtores familiares ao priorizar alimentos provindos da agricultura familiar: o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Sendo assim, três eixos da cadeia de produção e distribuição ganham novos significados: produtos, produtores e pontos de abastecimento. Para que servem os sacolões? Quais produtos estamos ingerindo? Da onde vêm esses alimentos? Quem está produzindo?
Mazeta destaca que o COMUSAN, Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, presidido por Christiane Costa, coordenadora da área de SAN do Instituto Pólis, foi e continua sendo essencial no processo de implementação do projeto Quinta da Economia na cidade, pois o diálogo com a sociedade civil é de extrema importância na articulação e na promoção de políticas púbicas. “O COMUSAN, que tem pessoas da militância, de história, conhecimento e formação, contribui para que o governo de fato implemente essa política pública”, afirma Mazeta.
Os pontos de abastecimento participantes da Quinta da Economia são os sacolões municipais Avanhandava, Bela Vista, Brigadeiro, Butantã, Cidade Jaraguá, Cidade Tiradentes, Cohab Adventista, Estrada do Sabão, Jaguaré, João Moura, Lapa, Piraporinha, Santo Amaro e São Miguel Paulista, e os mercados municipais de Pinheiros, Sapopemba e Teotônio Vilela.