Balanço Geral da 5º Conferência Estadual das Cidades de São Paulo
Mais de 2 mil pessoas compareceram à Conferência, entre elas representates acadêmicos, empresários, gestores públicos, movimentos sociais, ONGs, sindicatos e sociedade civil.
Consumo alimentar saudável é debatido no Consea
O Consea (Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional) realizou no dia 2 de outubro, em Brasília, a 12ª Reunião Plenária, com a participação de conselheiros, presidentes de conselhos estaduais, observadores e convidados. O tema central do debate foi o “Consumo Alimentar Adequado, Saudável e Sustentável: proposições e desafios”.
Para dar início às discussões, foi apresentado o vídeo “Criança, a alma do negócio”, que mostra como as crianças são alvos fáceis da publicidade no Brasil.
A diretora do Instituto de Nutrição da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Inês Rugani, apresentou o Panorama do Sistema Alimentar e Desafio para o Consumo Saudável. “Nós temos estudos mostrando que, quando o mesmo alimento é oferecido em embalagens diferentes, a criança prefere o produto de marca”, disse Inês Rugani.
A professora destacou a importância de entender consumo como prática social e como ação política individual. Inês Rugani também reforçou que é preciso atuar em todas as frentes para uma efetiva educação alimentar e nutricional. “A gente não muda o consumo abordando o indivíduo apenas, a gente precisa trabalhar todos os ambientes: físico, econômico, político e sociocultural”, explicou.
A representante do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Ana Paula Bortoletto, apresentou os resultados da pesquisa sobre rotulagem de alimentos realizada este ano em quatro capitais brasileiras e as mais recentes evidências relacionadas ao tema no Brasil.
De acordo com a pesquisa, em geral, as empresas apresentam com maior clareza as informações que lhes são favoráveis (como por exemplo vitaminas e fibras, diet e light), com linguagem atraente aos consumidores, inclusive crianças (como a promoção de saúde, felicidade e bem-estar, presença de personagens infantis).
“Faz-se necessário aperfeiçoar as ações de caráter regulatório da publicidade de alimentos e de aprimoramento e fiscalização da rotulagem nutricional de forma a tornar a informação mais clara ao consumidor e evitar informações distorcidas e enganosas”, disse a pesquisadora.
Ceagesp realiza atividades sobre o Dia Mundial da Alimentação
A Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) realizará uma série atividades em comemoração ao Dia Mundial de Alimentação, de 15 a 17 de outubro, em São Paulo.
A abertura está marcada para o dia 15 de outubro, às 13h, com a presença do presidente da Ceagesp, Mário Maurici. A tarde, o debate segue com o tema “O Mercado Institucional para a Agricultura Familiar”.
No dia 16 de outubro, a partir das 9h, os participantes poderão fazer exames preventivos de doenças cardiovasculares. A partir das 14h, o tema em debate será “A importância da gestão do Banco de Alimentos na Segurança Alimentar e Nutricional”.
Para encerrar as comemorações, será realizado o “Dia da Ação Solidária na Ceagesp” no dia 17 de outubro, das 9h às 15h.
O Dia Mundial da Alimentação ocorre anualmente em 16 de outubro.
Clique aqui para ver a programação.
DIREITO À CIDADE – 5ª Conferência Estadual das Cidades, em São Paulo
A 5ª Conferência Estadual das Cidades aconteceu de 26 a 28 de setembro, no Memorial da América Latina, em São Paulo. Confira aqui a programação.
Programação
26 de setembro – quinta-feira
8h00 – Início do credenciamento;
10h00 às 10h20 – Evento Cultural;
10h30 às 12h00 – Abertura oficial – assinatura pelo senhor Governador Geraldo Alckmin do Decreto que cria o Conselho Estadual das Cidades – CONCIDADES – SP
14h00 às 14h30 – Leitura e aprovação do regulamento;
14h30 às 18h00 – Apresentação dos resultados das Conferências Municipais– Política Estadual de Desenvolvimento Urbano;
18:00 – Encerramento do credenciamento e dos debates da tarde.
27 de setembro – sexta-feira
9h00 às 12h30 – Apresentação dos resultados das Conferências Municipais – Sistema Nacional de Desenvolvimento Urbano
14h00 às 18h00 – Apresentação dos resultados das Conferências Municipais – Prioridades para o Ministério das Cidades
28 de setembro – sábado
9h00 às 12h00 – Eleição dos delegados (as) à 5ª Conferência Nacional das Cidades e eleição das entidades que irão compor o Conselho Estadual das Cidades – CONCIDADES – SP.
5ª Conferência Nacional das Cidades
Quando: 26, 27 e 28 de Setembro
Horários: Dia 26, das 8h às 18h | Dia 27, das 9h às 18h | Dia 28, das 9h às 12h
Onde: Memorial da América Latina – Auditório Simon Bolívar, Av. Auro Soares de Moura Andrade, 644, Barra Funda, São Paulo – SP
Convivência, paz e o direito à interculturalidade
Integrando as atividades do Encontro Nacional – Conviver em Paz nas Cidades, na sexta-feira (20), o Pontão Pólis realizou o círculo de diálogo Ajayu: Cultura Viva e Interculturalidade na América Latina, com a participação de representantes de pontos de cultura de diversos estados brasileiros e as falas inspiradoras de Antonieta Dertkigil, Eleilson Leite, Jorge Blandón, Juan Brizuela, Hamilton Faria e Pedro Vasconcellos.
Para dar início ao encontro, o mediador do círculo, Valmir de Souza falou sobre a criação de espaço de escuta e trocas entre os povos latinos-americanos, “dão novas perspectivas de trocas simbólicas que extrapolam as relações e disputas econômicas, elas criam sentidos culturais e espirituais. A interculturalidade é uma expansão da diversidade cultural, o encontro real das culturas”.
Rene, representando o Caribe, falou sobre o título do encontro Ajayu “é um termo aimará, significa espírito: individual e coletivo”. Abrindo as falas inspiradoras, Hamilton Faria, poeta e coordenador do Pontão Pólis, trouxe a compreensão de que Ajay “é a nossa entrada no mundo ancestral, a energia que move e viabiliza as raízes”.
Tendo como ponto de partida a experiência do 1º Congresso Latinoamericano Cultura Viva Comunitária, que aconteceu em maio na cidade de La Paz, Antonieta Dertkigil (Sec. Estadual de Cultura) relembrou que a diversidade intercultural extrapola a criação de produtos culturais, “ela passa, também, pelos cheiros, comida, sotaques e outros espaços de trocas simbólicas” que na Bolívia puderam ser vividos e experienciados. Nas palavras da coordenadora dos pontos de cultura da SEC “a interculturalidade existe por que existe troca, educação e ética”.
O diretor teatral, integrante do coletivo Puente, Jorge Blandón (Colômbia) relembrou a relação do campo e do saber, locais de onde provem a vida e a sabedoria para construção das relações interculturais. “A cultura viva e a interculturalidade são importantes para construção de um projeto político que permita reconhecer o nosso ajayu”, afirmou Blandón. Jorge, relembrou que o congresso Cultura Viva foi um encontro genuíno com as vozes latinoamericanas, um espaço de conexão com os “baobás, as árvores míticas que preservamos”.
O coordenador da Ação Educativa, Eleilson Leite destacou a necessidade e importância das interculturalidade internas, “às vezes estamos de costas para nossa própria interculturalidade” e trouxe como exemplo as relações interculturais da periferia paulista com a utilização do espaço público, a criação de dinâmicas de experimentação e suas referências e diálogos com as matrizes africanas.
Pedro Vasconcellos (MINC) observou que “hoje estão estabelecidas condições políticas e culturais para o dialogo intercultural” e ponderou que o monopólio das comunicações e os conflitos de interesses nos aparelhos midiáticos, se relacionam diretamente com a troca simbólica e as relações interculturais no continente.
O pesquisador Juan Brizuela (UFBA) convidou o grupo para dançar e apontou que a interculturalidade é “um diálogo e igualdade entre lógicas, valores, raízes, pessoas e tradições num processo de mútua aprendizagem”.
A coordenadora do Ilu Obá de Min, Baby Amorim que destacou “a descolonização dos corpos” como sendo a possibilidade de troca, experimentação para criação simbólica entre os povos.
O encontro transmitido ao vivo, pode ser assistido no youtube:
Assista o vídeo do Assalto Poético em La Paz, durante o Congresso Cultura Viva Comunitária
Veja a galeria de fotos do Congresso Latinoamericano Cultura Viva Comunitária (Bolívia – La Paz)
Cultura Viva Comunitária 2013 – Bolívia, um álbum no Flickr.
POLÍTICAS PÚBLICAS – Pólis e CESE convidam para o debate Reforma do Sistema Político na Radicalização da Democracia no Brasil
O que dizem as ruas? O que diz o Congresso sobre a Reforma do Sistema Político? Estas são algumas questões presentes no Debate Reforma do Sistema Político na Radicalização da Democracia no Brasil, que será realizado em comemoração aos 40 anos da CESE – Coordenadoria Ecumênica de Serviço, em parceria com o Instituto Pólis, no dia 27 de setembro, às 19h. O debate também será transmitido pela TV Diplomatique – www.diplomatique.org.br.
Participam da mesa de debate José Antonio Moroni, representante da Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político, Ivan Valente, deputado federal (PSOL), Sílvia Camurça, representante da AMB (Articulação de Mulheres Brasileiras), Carla Bueno, do Levante Popular, e os mediadores Eliana Rolemberg, da CESE, e Silvio Caccia Bava, do Instituto Pólis.
No mesmo dia, às 14h, haverá uma Oficina de aprofundamento sobre a Reforma do Sistema Político.
Integram a programação do debate, a exposição ‘’Direitos Humanos em Imagens’’, do artista plástico J. Cunha e o Lançamento do livro histórico da CESE “Ecumenismo e Cidadania: a trajetória da coordenadoria ecumênica de serviço’’.
SOBRE A CESE
A CESE – Coordenadoria Ecumênica de Serviço é uma entidade de caráter social e tem como missão fortalecer organizações da sociedade civil, especialmente as populares, em suas lutas por transformações políticas, econômicas e sociais que conduzam a estruturas em que prevaleça democracia com justiça.
É uma organização ecumênica, sem fins lucrativos e que completa, em 2013, 40 anos de ações de afirmação dos Direitos Humanos no Brasil. A CESE contabiliza em sua história o apoio a mais de 10 mil projetos de organizações populares em todo o Brasil (400 projetos apoiados por ano) beneficiando aproximadamente 9,5 milhões de pessoas.
Tudo isso é possível graças a parcerias das agências de cooperação internacional para afirmação dos direitos humanos. O debate faz parte do ciclo de eventos comemorativos dos 40 anos da organização.
Debate Reforma do Sistema Político na Radicalização da Democracia no Brasil
Quando: 27 de setembro de 2013, às 19h
Às 14h, haverá a Oficina de aprofundamento sobre a Reforma do Sistema Político
Onde: Instituto Pólis – Rua Araújo 124, Centro, São Paulo – SP. Tel.: (11) 2174-6800
A entrada é gratuita e a participação é aberta a todas as pessoas interessadas.
Pólis realiza Diálogo sobre Cultura Viva e Interculturalidade na América Latina no dia 20 de setembro
Em paralelo ao Encontro Nacional Conviver em Paz nas Cidades, que vai de 19 a 21 de setembro, acontece o “Diálogo Ajayu: Cultura Viva e Interculturalidade na América Latina”, no dia 20 de setembro, às 19h, no auditório do Instituto Pólis. O evento também será transmitido via streaming pelo site do Pólis.
O diálogo é destinado a agentes culturais, produtores, articuladores, pesquisadores, gestores, estudantes e público interessado. E não é necessário estar inscrito no Encontro Nacional para participar do Diálogo Ajayu.
“A América Latina vive um rico processo de trocas culturais entre países nos últimos dez anos, com os Pontos de Cultura, a Plataforma Puente, o Programa Cultura Viva Comunitária. A ideia é juntar saberes antigos e saberes atuais (contemporâneos), no sentido de estabelecer uma convivência que não seja uma via de mão única. Você dá voz para os saberes antigos, mas sem filtrar esses saberes por uma lógica hegemônica”, diz Valmir de Souza, organizador do evento.
Participam da conversa Hamilton Faria, poeta e coordenador da área de Cultura do Instituto Pólis, Valmir de Souza, consultor do Instituto Pólis, Antonieta Jorge Dertkigil, da Secretaria Estadual da Cultura, Pedro Vasconcellos, da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural- Minc, Eleilson Leite, da ONG Ação Educativa, Jorge Blandón, da Plataforma Puentes-Colômbia, e Juan Brizuela, pesquisador da UFBA.
Leia abaixo uma entrevista com o organizador do diálogo, Valmir de Souza, doutor em Teoria Literária, professor universitário de Cultura e Literatura, pesquisador e assessor da Área de Desenvolvimento Cultural do Instituto Pólis.
– Como se dá a interculturalidade entre os países da América Latina?
Valmir de Souza – Há vários níveis de relação intercultural. Um deles é a relação pelas vias oficiais, como o Unasul, o Mercosul, por exemplo, e mais recentemente, houve também um impulso da gestão pública no sentido de incluir a questão das culturas não consagradas, que existem na América Latina. Isso foi materializado, em partes, pelos Pontos de Cultura, que reverberaram em vários países. Junto à isso existem vários modos de se fazer cultura, que mobilizam outros saberes, que são as chamadas epistemologias do Sul, da qual fala Boaventura Souza Santos. É sobre esses modos de fazer cultura que a gente vai tratar no Diálogo Ajayu, no sentido de dar voz e visibilidade a esses saberes.
Como as pessoas se comunicam hoje?
– Já existem algumas entidades e grupos extraoficiais que trabalham com as articulações de grupos e organizações, como o Arte e Transformação, a ALACP e a Plataforma Puentes. A ideia é juntar saberes antigos e saberes atuais (contemporâneos), no sentido de estabelecer uma convivência que não seja uma via de mão única. Você dá voz para os saberes antigos, mas sem filtrar esses saberes por uma lógica hegemônica. No caso do Brasil, temos como exemplo a cultura negra e a cultura indígena, que podem estabelecer diálogos interculturais com os aimarás, os quéchuas. Que essas culturas possam interagir sem serem modificadas, no sentido de deixarem de ser elas próprias. O desafio disso tudo é conviver pacificamente, não achar que a sua cultura é mais importante do que a outra.
Diante da diversidade de culturas -a cultura da periferia, a cultura amazônica, a cultura boliviana- o que o Diálogo Ajayu procura reunir?
– Trata-se de um possível diálogo, para estabelecer uma conexão futura. É uma ação que vem também como resultado do próprio Congresso da Cultura Viva Comunitária, realizado na Bolívia, em maio deste ano. Os participantes serão de várias origens: tem pessoas responsáveis pela gestão pública, agentes de ONGs, educadores e ativistas da cultura latino-americana.
A grosso modo, é a relação entre culturas que tenham várias entradas e contribuições. É também a ideia da manutenção da autonomia cultural dos grupos e dos povos. Mais que uma interação, pode se pensar numa integração das culturas.
Diálogo Ajayu: Cultura Viva e Interculturalidade na América Latina
Quando: Dia 20 de setembro, às 19h
Onde: Auditório do Instituto Pólis – Rua Araújo, 124, 1º andar, República, São Paulo-SP
Grátis e aberto ao público
Vídeos do Pontão:
Mensagem da Unesco sobre o Encontro Nacional Conviver em Paz na Cidades, organizado pelo Pólis e parceiros
Quando criada, em 1945, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) tinha como missão primordial a construção da paz. De fato, o preâmbulo de sua Constituição já dizia explicitamente: “Como as guerras se iniciam nas mentes dos homens, é na mente dos homens que as defesas da paz devem ser construídas”. O mesmo preâmbulo completa: “O propósito da Organização é contribuir para a paz e a segurança, promovendo cooperação entre as nações por meio da educação, da ciência e da cultura, visando a favorecer o respeito universal à justiça, ao estado de direito e aos direitos humanos e liberdades fundamentais afirmados aos povos do mundo”.
A UNESCO sempre acreditou que a cultura de paz está intrinsecamente relacionada à prevenção e à resolução não-violenta dos conflitos. É, portanto, uma cultura baseada na tolerância e na solidariedade, uma cultura que respeita todos os direitos individuais, que assegura e sustenta a liberdade de opinião e que se empenha em prevenir conflitos, resolvendo-os em suas fontes, que englobam novas ameaças não-militares para a paz e para a segurança, como a exclusão, a pobreza extrema e a degradação ambiental. A cultura de paz procura resolver os problemas por meio do diálogo, da negociação e da mediação, de forma a tornar a guerra e a violência inviáveis.
Na atualidade, continuamos com inúmeros conflitos armados e lutas civis, que sacrificam vidas humanas em mais de 40 países. Outras fontes de tensão têm sua origem na deterioração do meio ambiente, no excesso de população, na competição por recursos de água doce cada vez mais escassos, na desnutrição e na flagrante desigualdade econômica e social não só entre os países, como também internamente a estes, devido a em modelos de desenvolvimento concentradores de renda e excludentes.
Substituir a secular cultura de guerra por uma cultura de paz requer um esforço educativo prolongado para modificar as reações à adversidade e construir um modelo de desenvolvimento que possa suprimir as causas de conflito.
É nesse sentido que a UNESCO, felicita a iniciativa do Instituto Pólis – em parceria com a Palas Athena e o Governo de São Paulo – de organizar o encontro nacional Conviver em Paz nas Cidades. Acreditamos que a construção do ideário da cultura de paz, além de tarefa individual, é também dever coletivo. Promover o direito à cidade – como espaço de socialização, compartilhamento de cultura, hábitos e costumes – significa, portanto, contribuir para reduzir o hiato entre o discurso e a prática.
Assim, em nome de toda a equipe da UNESCO no Brasil, considerem-se participes da UNESCO nos esforços de promover a construção da paz e a convivência harmoniosa nos centros urbanos. Desejamos pleno sucesso na condução do evento e nas discussões que se seguirão.
Abraços fraternos!
Marlova Jovchelovitch Noleto
UNESCO | Representação no Brasil
Seminário: A teoria do conflito numa sociedade plural e democrática
Nos dias 11 e 13 de novembro, das 18h às 21h30, o professor Wolfgang Dietrich, Ph. D. detentor da Cátedra UNESCO de Estudos de Paz na Universidade de Innsbruck, na Áustria, realizará um seminário sobre a paz e sua evolução ao longo da história humana, na Associação Palas Athena.
O seminário A Teoria do Conflito numa Sociedade Plural e Democrática examinará as principais modalidades de Paz e sua evolução ao longo da história humana: a energética nascida da experiência arcaica de ser nutrido pela mãe natureza e participar de uma ordem harmônica com o todo; a moral que passa pela ideia de uma verdade única aplicada universalmente; a moderna fundada na lógica da racionalidade, e a pós-moderna.
Será desenvolvida uma compreensão diferenciada do que seja o conflito nesses contextos e os métodos para trabalhar o conflito que deles derivam. Sendo possível distinguir entre:
a) resolução de conflito;
b) transformação prescritiva de conflitos;
c) transformação de conflitos por elicitação, ou seja, obtendo da comunidade o saber tradicional e cultural de solução de conflitos nela latente.
Até que ponto o conflito é um aspecto constitutivo de uma sociedade aberta, democrática e plural? Já que a pluralidade é um termo chave tanto para a nação-estado moderno e sua compreensão da democracia quanto para as interpretações pós-modernas de paz, este seminário refletirá sobre a relação entre a habilidade de uma sociedade de transformar conflitos de modo não violento e sua compreensão de democracia.
Wolfgang Dietrich é detentor da Cátedra UNESCO de Estudos de Paz na Universidade de Innsbruck, na Áustria, e diretor do Programa de Mestrado em Paz,Desenvolvimento, Segurança e Transformação de Conflitos Internacionais na mesma universidade. É membro da Austrian UNESCO Commission e professor visitante no Instituto de Ciências Políticas da Universidade de Viena, no Centro de Estudos de Paz e Desenvolvimento da Universidade de Castellón/Espanha e na United Nation’s Peace University na cidade de Colón/Costa Rica.
Saiba mais no site da Associação Palas Athena.
Pontão Pólis divulga programação do Encontro Nacional – Conviver em Paz nas Cidades
O Pontão de Convivência e Cultura de Paz do Instituto Pólis promove no mês de setembro o Encontro Nacional Cultura de Paz, um ciclo de diálogos sobre a Cultura de Paz, Políticas Públicas e o Direito à Cidade, organizado em parceria com o Ministério da Cultura, Funarte, da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), da Associação Palas Athena, Secretarias de Cultura da cidade de São Paulo e Comissão Nacional dos Pontos de Cultura.
Do dia 19 (quinta-feira) a 21 (sábado), o Pontão mediará a abertura do Conviver em Paz nas Cidades – Encontro Nacional Cultura de Paz, Políticas Públicas e Direito à Cidade cujo principal objetivo é construir diretrizes de políticas públicas de convivência e cultura de paz nas cidades.
Norteados pela questão “Como construir a cultura de paz nas cidades?”, ao longo dos três dias, os círculos vão dialogar sobre os temas Políticas Públicas para a Diversidade e Cultura de Convivência; Mobilidades Urbana, Cultural e Convivência; A Apropriação da Cidade e os Espaços Públicos de Convivência e Educação para a Paz, Tecnologias Socioculturais e Comunicação.
Além dos círculos de debates, o Pontão realiza no dia 19/9 (setembro) coquetel de lançamento do livro “Cultura Viva, Políticas Públicas e Cultura de Paz”, organizado por Hamilton Faria e Valmir de Sousa, a publicação apresenta artigos sobre as ações do Pontão e do Programa Cultura Viva do Ministério da Cultura.
PROGRAMAÇÃO
19 de setembro [quinta-feira]
Local Funarte – SP
_15h às 17h
Credenciamento
Intervenção artística
_ 17h às 19h
Abertura: “Conviver em Paz nas Cidades” com representantes do MinC – Ministério da Cultura, SMC (Secretaria Municipal de Cultura, SEC (Secretaria Estadual de Cultura), UNESCO, CNPC (Comissão Nacional dos Pontos de Cultura), Secretaria Municipal dos Direitos Humanos, Fórum da Cultura de Paz, Instituto Pólis – Pontão de Convivência e Cultura de Paz
_19h às 21h
Coquetel de lançamento do livro “Cultura Viva, Políticas Públicas e Cultura de Paz”
20 de setembro [sexta-feira]
Local: Comfort Hotel
_ 9h30 às 10h30 | Acolhimento
_11h às 13h | Círculo Cultura Viva da Diversidade
_14h às 16h | Rodas de Conversa: Conviver em paz nas cidades
Roda 1 | Políticas públicas para a diversidade e cultura de convivência
Roda 2 | Mobilidade Urbana, mobilidade cultural e convivência
Roda 3 | A apropriação da cidade e os espaços públicos de convivência: ambiente urbano e as poéticas de rua
Roda 4 | Educação para a paz, Tecnologias Socioculturais e Comunicação:
_16h30 às 17h30 | Rodas de Conversa: Conviver em Paz nas cidades
_17h30 às 18h | Círculo do Compartir
_20 às 22h30 | Diálogo Ajayu: Cultura Viva e Interculturalidade na América Latina
21 de setembro [sábado]
_9h30 às 10h | Acolhimento
_10h30 às 12h30 | Rodas de Conversa 1, 2, 3 e 4 | Conviver em Paz nas cidades : Propostas e Diretrizes de políticas públicas
_14h | Apresentação das Propostas: Conviver em Paz nas Cidades
_16h | Com-Partir: Poéticas da Paz
DESCRIÇÃO DAS RODAS DE CONVERSA
RODA 1 | Políticas Públicas para a diversidade e cultura de convivência
O objetivo desta roda é possibilitar diálogos entre diferentes expressões e experiências culturais da diversidade. Com: Américo Córdula e Maria Lúcia Silvia. Facilitação: Veridiana Negrini
RODA 2 | Mobilidade Urbana, mobilidade cultural e convivência.
Esta roda de conversa tem como objetivo pensar o direito à cidade a partir da infraestrutura local, de ruas, calçamentos, etc. Proporcionar um olhar para além do deslocamento e transporte. Para a inclusão de mobilidade urbana e cultural. Com: Guilherme Varella e Nazareno Afonso. Facilitação: Valmir de Souza
RODA 3 | A apropriação da cidade e os espaços públicos de convivência: ambiente urbano e as poéticas de rua
O objetivo desta roda de conversa será trocar experiências que estimulem a convivência urbana através da arte e debater a importância destes projetos para a construção do direito à cidade. Com: Juliana Kintanji e Marcelo Manzantti. Faciltitação: Altair Moreira
RODA 4 | Educação para a Paz, Tecnologias Socioculturais e Comunicação.
O objetivo desta roda de conversa, que será dividida em dois grandes temas é apresentar as tecnologias socioculturais desenvolvidas e a serem ampliadas no campo da cultura de paz e convivência.
Eixo 1: Tecnologias Socioculturais e Comunicação | Com: Ana do Val e Daniela Greeb. Facilitação: Marilda Donatelli
Eixo 2: Educar para a paz | Com: Ligia Daher e Pedro Garcia Facilitação: Hamilton Faria
Diálogo | Ajayu: Cultura Viva e Interculturalidade na América Latina
Esta roda tem como objetivo dar continuidade às atividades do I Congresso Latino-americano Cultura Viva Comunitária que aconteceu no mês de maio, em La Paz (Bolívia), construindo um espaço para a aproximação entre agentes culturais, propiciando elementos de reflexão e ação para a construção da convivência intercultural na América Latina, apoiada em princípios da cultura de paz, bem como gerar articulações mais permanentes para desenvolver ações, reflexões e metodologias de convivência no continente.
Com: Antonieta Dertkigil, Eleilson Leite, Jorge Blandón, Juan Brizuela, Hamilton Faria e Pedro Vasconcellos. Facilitação: Valmir de Souza
SERVIÇO
CONVIVER EM PAZ NAS CIDADES – ENCONTRO NACIONAL DE CULTURA DE PAZ, POLÍTICAS PÚBLICAS E DIREITO À CIDADE
ABERTURA OFICIAL – FUNARTE SP
Dia 19 de setembro (quinta-feira)
Às 17h
Alameda Nothman 1028 – próximo ao metrô Marechal Deodoro
Entrada gratuita
Rodas de Conversa – Conviver em Paz nas Cidades
Dias 20 e 21 de setembro (sexta e sábado)
Das 9h às 18h
Local: Comfort Hotel
Rua Araújo 141 (próximo ao metrô República)
Entrada gratuita
Diálogo | Ajayu: Cultura Viva e Interculturalidade na América Latina
Dia 20 (sexta-feira)
Às 18h
Local: Instituto Pólis
Rua Araújo 124 (próximo ao metrô República)
Informações e inscrições:
encontroculturadepaz@polis.org.br
(11) 2174.6816
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Vídeos do Pontão:
