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Escola da Cidadania: confira os números de 2020

11/03/2021

A Escola da Cidadania é fruto do nosso desejo de construir uma cidade que emane incidência crítica e participação política, em oposição à segregação que regem os espaços. Nesse sentido, pudemos contar com a participação de muitas pessoas comprometidas com a construção de uma cidade mais plural em 2020. No total, foram mais de 1600 inscrições nas atividades da Escola da Cidadania e 1372 pessoas matriculadas, das quais 226 pessoas realizaram dois cursos ou mais.


Quais foram os cursos ofertados?

 


Conheça o público geral:

Enquanto os homens representam apenas 28% dos inscritos, as mulheres são maioria nas formações. No total, foram 801 alunas, embora apenas três fossem transexuais (todas do curso Direito à Cidade e Eleições 2020). A população LGBTQIA+ também representou uma grande parcela dos participantes (35%), com maioria bissexual (19%) e homossexual (14%).

As pessoas pretas (negras e pardas) representaram 35% dos alunos, as amarelas 2% e as indígenas somente 0,5%, sendo o grupo com menor representatividade racial. Quanto à escolaridade, o público da Escola da Cidadania é formado principalmente por profissionais, dividindo-se entre graduados, pós-graduandos e pós-graduados.

Se olharmos as ocupações e cargos, é possível notar uma grande participação de pré-candidates à vereança (44%), todes no curso Direito à Cidade e Eleições 2020. Além do mais, 60% dos participantes declararam ser de alguma organização da sociedade civil (entidade sem fins lucrativos), movimento popular ou organização comunitária e outras entidades de cunho político. 

Ao mesmo passo, a maioria dos estudantes são da região sudeste (57%), sobretudo do estado de São Paulo. Em sequência lidera a região nordeste com 23% do público. Entretanto, a escola foi capaz de alcançar pessoas de todos os estados.


Conheça os bolsistas:

Para promover o acesso de todes aos cursos ofertados, a Escola da Cidadania conta com uma política de bolsas para grupos minorizados. Nesse sentido, foi possível disponibilizar 697 bolsas integrais e permitir que 554 pessoas realizassem mais de um curso. Isso foi possível graças às 218 inscrições solidárias que ampliaram o número de bolsas concedidas. 

Entre os bolsistas, o perfil é predominantemente feminino e cisgênero (66%), mais de 53% se declaram LGBTQIA+ e mais da metade são pretos (55%). Enquanto no público geral 35% dos participantes estão na graduação, no grupo de bolsistas esse número sobe para quase 60%. O número de alunos que são de alguma organização da sociedade civil, movimento popular ou coletivo também cresce, representando 73% do total.


Saiba as impressões dos estudantes:

O curso foi espetacular, eu estava me sentindo desanimada e sozinha nesse processo de pesquisa sobre o direito à cidade, o curso trouxe motivação, esperança (o que estava bem difícil por conta da depressão e ansiedade) e um norte teórico e político para a atuação diária da efetivação desse direito nas cidades.

– Relato de uma aluna bolsista do curso Decifrando o Direito à Cidade

 

Dos 1162 participantes que responderam ao formulário de avaliações, 946 disseram que as aulas foram fáceis de acompanhar. Esse é um dado reconfortante, pois indica que, ainda que os cursos tenham uma boa profundidade, são também acessíveis.

Além do mais, quando perguntados sobre a disponibilidade de espaço para participar das aulas, 68% dos estudantes avaliaram positivamente os diálogos e trocas realizadas nos grupos. Por outro lado, mostrou-se necessário pensar novas formas de interagir, para driblar a distância. 

Por fim, quase todas as pessoas tiveram suas expectativas atendidas (49,7%) ou, ainda, superadas (44,9%). Enquanto no início dos cursos apenas 15% dos alunos declaravam compreender muito sobre o assunto; ao final das atividades, esse número subiu para mais de 70%.